Alckmin rebate tarifas dos EUA e defende Brasil no comércio internacional

Geraldo Alckmin || Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira (24) que o Brasil não representa um problema econômico para os Estados Unidos. Durante o evento “Rumos 2025”, promovido pelo Valor Econômico, ele criticou a postura do governo norte-americano em relação às novas tarifas de importação e defendeu um comércio internacional mais equilibrado.

Brasil não aceita ser prejudicado

Alckmin destacou que os Estados Unidos mantêm um superávit com o Brasil tanto no comércio de bens quanto no de serviços. Para ele, a aplicação de tarifas extras aos produtos brasileiros não faz sentido e pode prejudicar as relações econômicas entre os dois países.

“O Brasil sempre buscou um comércio baseado no princípio do ganha-ganha. Não podemos aceitar medidas que criem um ambiente desigual”, afirmou o vice-presidente. Ele reforçou que o governo brasileiro está empenhado em negociar alternativas para evitar impactos negativos nas exportações.

Alternativas para manter a competitividade

Entre as estratégias discutidas, Alckmin mencionou a possibilidade de negociar cotas para exportação de produtos brasileiros. Segundo ele, essa poderia ser uma saída mais justa para equilibrar os interesses de ambos os países sem comprometer a competitividade das empresas nacionais.

Além disso, o governo brasileiro está monitorando as decisões de Washington e avaliando possíveis contramedidas caso as tarifas avancem de maneira prejudicial. “Nosso foco é garantir que as empresas brasileiras tenham condições de continuar exportando sem sofrer barreiras desproporcionais“, afirmou o ministro.

Impacto da política tarifária dos EUA

As declarações de Alckmin surgem em um momento de incerteza no comércio internacional. Sob o governo de Donald Trump, os EUA têm adotado medidas de protecionismo comercial, impondo tarifas recíprocas a países que aplicam taxas sobre produtos norte-americanos.

Atualmente, as exportações americanas para o Brasil enfrentam uma tarifa média de 2,7%, um percentual considerado moderado. Alckmin argumentou que não há justificativa para retaliações comerciais, uma vez que as relações comerciais entre os dois países têm sido benéficas para ambos os lados.

O Brasil aposta no diálogo

Mesmo diante do cenário desafiador, o governo brasileiro acredita que o diálogo diplomático pode evitar impactos mais severos. Alckmin reforçou que o Brasil pretende ampliar oportunidades comerciais, tanto com os EUA quanto com outros parceiros internacionais.

“O Brasil não pode se fechar para o mundo. Precisamos fortalecer o comércio exterior e buscar acordos que tragam benefícios reais para a economia nacional”, concluiu.