O mercado de trabalho do Reino Unido segue estável, com a taxa de desemprego mantendo-se em 4,4% nos três meses até janeiro, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (20) pelo Escritório Nacional de Estatísticas (ONS). O índice repete o mesmo percentual registrado no trimestre encerrado em dezembro, indicando estabilidade no emprego.
Salários seguem em alta
Apesar da estagnação na taxa de desemprego, os salários continuam em trajetória de crescimento. O levantamento do ONS apontou que o salário semanal médio, sem contar bônus, subiu 5,9% no período de novembro a janeiro, mantendo o mesmo ritmo de aumento registrado nos três meses anteriores.
Esse avanço na remuneração reflete a pressão inflacionária e os ajustes feitos por empresas para reter talentos em um mercado de trabalho ainda aquecido. Com o custo de vida elevado, muitas companhias optaram por conceder aumentos para manter a competitividade e evitar a saída de funcionários.
Cenário econômico e perspectivas
A manutenção da taxa de desemprego indica que o mercado de trabalho britânico não sofreu grandes alterações nos últimos meses. No entanto, o crescimento contínuo dos salários pode gerar novas discussões sobre a política econômica do país, especialmente em relação ao impacto na inflação.
O Banco da Inglaterra acompanha de perto os indicadores de emprego e remuneração, já que altas salariais constantes podem influenciar decisões sobre taxas de juros. Caso os salários sigam em elevação, a instituição pode optar por manter juros elevados para conter os efeitos inflacionários.
Especialistas avaliam que, apesar da estabilidade no desemprego, o crescimento nos rendimentos pode impulsionar o poder de compra da população e sustentar o consumo no curto prazo. No entanto, há incertezas sobre o futuro do mercado de trabalho diante das oscilações da economia global.