O governo brasileiro estuda enviar uma missão comercial ao México para ampliar as relações entre os dois países. A movimentação acontece após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar um novo tarifaço, que pode afetar diretamente as exportações brasileiras.
México busca novos parceiros comerciais
Diante das restrições econômicas impostas pelos EUA, a presidente mexicana Claudia Sheinbaum já indicou que seu país deve buscar novos fornecedores. Atualmente, o México importa carne suína, aço, alumínio e peças automotivas dos norte-americanos. Como resposta ao aumento de tarifas, o governo mexicano pode criar barreiras próprias para esses produtos.
Essa mudança no comércio internacional abre espaço para o Brasil. O agronegócio brasileiro pode se beneficiar do realinhamento, oferecendo grãos e carne bovina ao mercado mexicano.
Brasil quer reduzir perdas e fortalecer novos mercados
No Palácio do Planalto, a estratégia é diversificar os parceiros comerciais para reduzir os impactos negativos das tarifas impostas pelos EUA. O governo considera que a indústria brasileira pode sofrer com as novas restrições, mas vê espaço para expandir a exportação de produtos agrícolas para outros países.
Além do México, a China também aparece como um destino estratégico para a carne brasileira e outras commodities. A expectativa é de que Pequim fortaleça seus laços comerciais com o Brasil para compensar possíveis desentendimentos com Washington.
Governo brasileiro tenta negociar com os EUA
Enquanto estuda a aproximação com o México e a China, o governo brasileiro ainda tenta manter as exportações para os EUA. O vice-presidente Geraldo Alckmin solicitou uma audiência com representantes americanos, na tentativa de negociar novas cotas de exportação.
Até o momento, Washington não respondeu aos pedidos de diálogo. Segundo fontes do governo, a administração de Trump tem evitado contatos com líderes estrangeiros, o que reforça a necessidade de o Brasil buscar novas alternativas comerciais.