
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu encerrar sua conta na rede social X. Usuários notaram a ausência do perfil na manhã desta sexta-feira (21), quando tentaram acessar e encontraram a mensagem: “Essa conta não existe”.
A assessoria do STF confirmou que a desativação foi solicitada pelo próprio ministro, mas não esclareceu os motivos da decisão. Moraes já havia deixado de publicar na plataforma desde janeiro de 2024. Mesmo inativa, sua conta permaneceu no ar até esta semana.
Decisão definitiva e sem migração para outra rede
Fontes próximas ao ministro afirmam que ele não pretende abrir um novo perfil em outra rede social. A decisão marca o afastamento definitivo de Moraes das plataformas digitais, pelo menos no cenário atual.
A representação do X Brasil também confirmou que a remoção seguiu um procedimento padrão, diferente de casos em que perfis são suspensos ou bloqueados por decisão da própria empresa. Isso reforça que a saída partiu exclusivamente do magistrado.
Conflitos entre Moraes e a rede social
A decisão de Moraes acontece em meio a uma disputa com a rede social de Elon Musk. Nesta quinta-feira (20), o ministro aplicou uma multa de R$ 100 mil por dia ao X por não fornecer dados cadastrais de um perfil atribuído ao blogueiro Allan dos Santos.
O caso faz parte de um inquérito iniciado em julho de 2023, que investiga o envolvimento do influenciador bolsonarista em crimes cometidos na internet. O X cumpriu a ordem de bloquear a conta do investigado, mas alegou que não coleta dados cadastrais dos usuários.
O não cumprimento total da decisão levou Moraes a determinar um pagamento imediato de R$ 8,1 milhões por parte do X. A rede social tentou recorrer, mas o STF manteve a penalidade.
Esse não foi o único embate entre Moraes e a plataforma. Em 2023, a rede social ficou bloqueada no Brasil por mais de um mês após descumprir ordens judiciais do STF.