O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quinta-feira um decreto que impõe tarifas recíprocas a países que cobram taxas sobre produtos americanos. A medida, segundo o governo, entra em vigor imediatamente e faz parte da estratégia de fortalecer a indústria nacional.
Tarifas elevam tensão no comércio internacional
Desde sua campanha, Trump tem defendido o protecionismo como forma de estimular a produção interna. O novo decreto prevê a aplicação de taxas equivalentes às que produtos americanos enfrentam em mercados estrangeiros. A Casa Branca acredita que essa abordagem pode reduzir o déficit comercial do país.
A decisão foi anunciada pouco antes da visita do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, à Casa Branca. A Índia é um dos países que impõem tarifas significativas a produtos americanos e pode ser diretamente afetada pela nova política tarifária.
Impacto global e possíveis retaliações
A nova investida de Trump ocorre dias após ele assinar um decreto que impôs tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio para os EUA. Países como China, México, Canadá e União Europeia já reagiram a medidas anteriores, adotando tarifas de retaliação contra produtos americanos.
A União Europeia criticou a postura dos EUA e prometeu adotar contramedidas contra setores estratégicos da economia americana, incluindo bebidas alcoólicas, vestuário e motocicletas. A chefe do bloco europeu, Ursula von der Leyen, declarou que os países da UE não aceitarão restrições comerciais injustificadas sem resposta.
Setores mais afetados
Além de aço e alumínio, Trump estuda ampliar a taxação sobre setores como automobilístico, semicondutores e farmacêutico. A medida pode afetar grandes exportadores desses segmentos, como Alemanha, Japão e Coreia do Sul.
A China, que já havia sido alvo de tarifas anteriores, também pode reforçar sua política de retaliação. Pequim anunciou recentemente novas taxas sobre produtos americanos, incluindo itens agrícolas e bens tecnológicos, afetando diretamente produtores dos EUA.