O setor comercial registrou um crescimento de 4,7% em 2024, consolidando-se como um dos motores da economia brasileira. Esse resultado representa a maior alta desde 2012, quando o avanço foi de 8,4%. Com isso, o setor completa oito anos seguidos de expansão, mesmo diante de desafios como a inflação e a valorização do dólar.
Fatores que impulsionaram o crescimento
A pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que a alta foi impulsionada por três fatores principais:
- Aumento da massa salarial com mais trabalhadores empregados
- Taxa de desemprego em queda, chegando a 6,6% — a menor já registrada pelo IBGE
- Crédito estável, facilitando compras parceladas e financiamentos
Esses fatores garantiram maior poder de compra para a população, permitindo que diversos setores registrassem crescimento expressivo ao longo do ano.
Desempenho dos setores em destaque
O crescimento do comércio em 2024 foi puxado principalmente pelo setor farmacêutico, que teve um avanço de 14,2%, mantendo sua sequência de oito anos consecutivos de alta. Outros segmentos que registraram crescimento foram:
- Veículos e motos, peças e acessórios: +11,7%
- Artigos de uso pessoal e doméstico: +7,1%
- Material de construção: +4,7%
- Supermercados e produtos alimentícios: +4,6%
- Móveis e eletrodomésticos: +4,2%
- Roupas e calçados: +2,8%
Apesar do avanço generalizado, alguns setores enfrentaram dificuldades. O mercado de livros, jornais e revistas, por exemplo, caiu 7,7%, refletindo a crescente digitalização do consumo de conteúdo.
Especialistas acreditam que a tendência de crescimento pode continuar nos próximos anos, desde que a economia mantenha estabilidade no crédito e baixa no desemprego. No entanto, desafios como inflação elevada e flutuação do câmbio podem impactar a velocidade dessa recuperação.