A Polícia Federal registrou um marco histórico em suas ações de combate ao crime organizado em 2024. De acordo com o diretor-geral Andrei Passos Rodrigues, a corporação apreendeu mais de R$ 4 bilhões em bens provenientes de atividades ilícitas.
Foram realizadas mais de 2,5 mil operações ao longo do ano, consolidando o maior volume de bens confiscados desde o início das operações da PF. “Comparado ao período anterior, tivemos um crescimento de mais de 60% nas apreensões de bens e valores. Isso reflete o avanço estratégico da corporação”, afirmou Rodrigues durante entrevista.
Avanços estratégicos no combate ao crime
A PF também instituiu 33 forças integradas para combater o crime organizado, com atuação em todos os estados brasileiros. Essas iniciativas já resultaram em mais de 300 operações conjuntas, culminando na prisão de mais de mil pessoas em ações realizadas em parceria com as polícias estaduais.
Segundo o diretor-geral, a integração entre as forças policiais foi um dos pilares do sucesso das operações de 2024. “Essa união potencializa os resultados e amplia a capacidade de resposta às atividades criminosas em território nacional”, destacou.
Fiscalização de CACs adiada
Outra pauta relevante abordada por Rodrigues foi a transição da fiscalização das licenças para Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CACs) da alçada do Exército Brasileiro para a Polícia Federal. Embora estivesse prevista para começar em janeiro de 2025, a PF solicitou um adiamento de seis meses para concluir a estruturação necessária.
“Estamos avançando na modernização dos sistemas e na alocação de recursos. Esse período adicional será essencial para assumirmos a fiscalização de forma eficiente”, explicou o diretor.
O pedido de adiamento foi formalizado em um novo acordo entre os ministérios da Justiça e da Defesa. A previsão é que a PF assuma completamente a responsabilidade no segundo semestre de 2025.