O Brasil registrou a abertura de 106.625 empregos formais em novembro, segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Apesar do saldo positivo, o número é inferior ao registrado em outubro, quando mais de 132 mil postos foram criados.
A análise setorial revelou comportamentos distintos. A indústria, a agropecuária e a construção civil enfrentaram uma queda nas contratações, reflexo da sazonalidade característica do final do ano. Segundo Francisco Macena, secretário-executivo do Ministério do Trabalho, setores como calçados e biocombustíveis também sentiram os efeitos de um mercado menos dinâmico.
Por outro lado, 21 estados apresentaram saldos positivos. São Paulo liderou com 38.562 novas vagas, seguido pelo Rio de Janeiro (13.810) e Rio Grande do Sul (11.865).
O salário médio de admissão em novembro foi de R$ 2.152,89, um aumento real de R$ 27,34 em relação a outubro. Esse dado demonstra que, mesmo com a desaceleração nas contratações, os novos postos continuam oferecendo condições financeiras levemente melhores.
Macena destacou o impacto da taxa básica de juros, atualmente em 12,25%. Segundo ele, o patamar elevado da Selic reduz os investimentos e compromete o desempenho de setores industriais. “Acreditamos que essa taxa de juros excessiva prejudica o crescimento. Esperamos que ela seja reduzida no próximo ano para reaquecer o mercado”, afirmou.