O mercado financeiro brasileiro continua enfrentando oscilações nesta sexta-feira, com o dólar registrando alta e o Ibovespa tentando recuperar estabilidade. Às 10h33, o principal índice da bolsa brasileira subia apenas 0,01%, alcançando 126.055,27 pontos. No mesmo horário, o dólar avançava 0,42%, sendo negociado a R$ 6,0167.
Fiscal no centro das atenções
O principal ponto de preocupação para os investidores segue sendo o cenário fiscal. O mercado aguarda a tramitação das medidas de ajuste propostas pelo governo, essenciais para conter o avanço das contas públicas. O diretor de operações da FB Capital, Fernando Bergallo, destacou que a incerteza gera volatilidade e mantém os investidores em compasso de espera.
Além disso, o Banco Central divulgou que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) registrou leve alta de 0,1% em outubro. Embora o dado tenha superado a expectativa de queda de 0,2%, ele não alterou significativamente as perspectivas dos analistas, que continuam atentos aos riscos inflacionários.
Impacto das decisões do Copom
A recente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic para 12,25% ao ano também influenciou o comportamento do mercado. O anúncio provocou uma queda inicial do dólar, mas a recuperação posterior da moeda mostrou como o cenário fiscal ainda pesa nas decisões dos investidores.
A volatilidade foi evidente na sessão anterior, com o dólar oscilando quase 18 centavos entre a máxima e a mínima do dia. Essa instabilidade reflete a combinação de fatores internos, como a saúde das contas públicas, e externos, como as decisões de política monetária nos Estados Unidos.
Expectativas sobre o Fed
No cenário global, o dólar operava perto da estabilidade nesta sexta-feira, enquanto o mercado internacional aguardava a última reunião do Federal Reserve no ano. As expectativas estão centradas em um possível corte de 0,25 ponto percentual nos juros americanos, o que já parece precificado pelos agentes financeiros.
Embora o Fed seja um dos fatores relevantes para a próxima semana, Bergallo apontou que seu impacto no câmbio deve ser limitado, já que os mercados globais têm digerido bem os dados recentes sobre a inflação e o mercado de trabalho nos Estados Unidos.