O governo brasileiro anunciou, nesta segunda-feira (9), que está retirando seus diplomatas da Síria, em resposta à crescente instabilidade política e militar no país. A medida visa proteger os servidores da embaixada brasileira, enquanto a situação na região continua se deteriorando.
A decisão de retirar os diplomatas ocorre em um momento de alta tensão. Nos últimos dias, a capital síria, Damasco, foi alvo de ataques, e forças rebeldes tomaram áreas estratégicas da cidade. A situação se intensificou com a invasão de forças opositoras ao regime de Bashar al-Assad, forçando o presidente sírio a fugir do país.
A operação de retirada, que conta com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), inclui a transferência dos diplomatas para o Líbano, um país vizinho. A medida é temporária, e a previsão é que os diplomatas retornem a Damasco assim que a situação política se estabilizar na Síria.
A escalada no conflito sírio se tornou mais crítica após o fim de semana, quando as forças rebeldes, lideradas pelo grupo Hayat Tahrir Al-Sham (HTS), avançaram significativamente. Abu Mohammad al-Jolani, líder do HTS, declarou que a queda do regime de Assad representava uma “vitória para toda a nação islâmica”. Essa declaração marca o fim do controle central de Assad em várias regiões do país.