Após 25 anos de negociações, o acordo entre Mercosul e União Europeia está mais próximo de se tornar realidade. Fontes ligadas às tratativas confirmaram que as questões técnicas foram superadas, restando agora apenas pendências de caráter político. O desfecho pode ocorrer durante a Cúpula do Mercosul, marcada para os dias 5 e 6 de dezembro, em Montevidéu, no Uruguai.
Na última semana, representantes de ambos os blocos se reuniram em Brasília para discutir os pontos pendentes. Segundo fontes do governo brasileiro, os avanços foram significativos, restando apenas “um ponto e meio” de divergência no texto final. Esses impasses envolvem questões ambientais e políticas industriais, que agora dependem de decisões estratégicas dos líderes dos países envolvidos.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, confirmou sua presença na cúpula e deverá levar o aval do continente europeu para as discussões. Do lado do Mercosul, há confiança de que os presidentes dos países-membros não apresentarão resistência ao acordo.
O governo brasileiro, liderado pelo presidente Lula, está otimista. Segundo membros da delegação, o anúncio do acordo durante a cúpula representaria um marco histórico nas relações comerciais entre os dois blocos econômicos.
Se concluído, o acordo Mercosul-UE deve abrir novos mercados para exportações agrícolas e industriais, além de fomentar investimentos em infraestrutura e tecnologia.