A possibilidade de Dilma Rousseff permanecer na presidência do Banco dos Brics em 2025, ano em que o Brasil assumirá a liderança do grupo, está se tornando cada vez mais viável. Fontes diplomáticas brasileiras informam que a Rússia, que teria o direito de nomear o próximo presidente do banco a partir de julho do próximo ano, pode optar por não exercer essa prerrogativa. Essa inclinação russa é atribuída ao atual cenário de sanções internacionais enfrentadas pelo país.
Interlocutores envolvidos nas tratativas apontam para uma expectativa crescente de consenso sobre a questão, com apenas alguns aspectos ainda a serem definidos antes da confirmação oficial por parte dos russos. Outros países membros dos Brics não manifestam objeções à continuidade de Dilma Rousseff, já que sua atuação à frente da instituição é vista de forma positiva.
A hesitação russa em indicar um novo líder para o banco está relacionada ao receio de consequências negativas em meio às tensões geopolíticas no Leste Europeu. Embora diplomatas brasileiros ressaltem que a decisão de manter Dilma não partiu do Brasil, eles reconhecem que sua permanência seria vantajosa durante a presidência brasileira no grupo em 2025.
As discussões sobre a liderança do Banco dos Brics foram abordadas nas reuniões finais sob a presidência russa deste ano e também em encontros paralelos ao G20, recentemente realizado no Rio de Janeiro.
O processo de escolha para a presidência e vice-presidências do Banco dos Brics segue um sistema rotativo entre seus membros fundadores: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Desde março do ano anterior, Dilma Rousseff lidera o New Development Bank (denominação oficial do Banco), recebendo avaliações favoráveis por sua gestão no bloco econômico.