A Marinha do Brasil refutou veementemente qualquer envolvimento em planos golpistas, após mensagens reveladas pela Polícia Federal (PF) sugerirem a suposta prontidão de tanques militares para ações contra o Estado de Direito em 2022. Em nota oficial divulgada nesta quarta-feira (27), a Força Armada negou categoricamente as acusações.
O relatório, com 884 páginas, foi tornado público pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele contém indícios de articulações golpistas envolvendo figuras-chave das Forças Armadas durante o governo de Jair Bolsonaro.
As mensagens em questão mencionam diretamente o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, como apoiador de um suposto plano golpista. Em um dos diálogos, um interlocutor identificado como “Riva” afirma que “tanques no Arsenal estavam prontos”. Os registros foram enviados pelo tenente-coronel Sergio Cavaliere ao então ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid.
Apesar da gravidade das alegações, a Marinha declarou que seus meios operacionais nunca foram desviados para iniciativas contrárias à democracia. “A constante prontidão de nossos equipamentos não foi nem será utilizada para restringir ou impedir o exercício dos Poderes Constitucionais”, diz a nota.