O que Trump pretende fazer na presidência? Entenda suas principais propostas

O que Trump pretende fazer na presidência? Entenda as principais propostas
Imagem: Reprodução/Isac Nóbrega/PR

Após uma disputa eleitoral acirrada contra a democrata Kamala Harris, Donald Trump assegurou um segundo mandato como presidente dos Estados Unidos. Conhecido por sua postura firme em várias áreas políticas, o republicano traz agora uma série de propostas que refletem sua visão conservadora e suas prioridades para o país. As novas diretrizes abrangem temas como economia, imigração, política externa, meio ambiente e direitos civis, com foco em devolver autonomia aos estados e fortalecer a economia nacional.

Cortes de impostos para estimular o crescimento

Um dos pontos centrais da agenda de Trump é o estímulo ao crescimento econômico através de cortes de impostos. O presidente eleito acredita que a redução de tributos, tanto para trabalhadores quanto para grandes empresas, vai fortalecer a economia, incentivando o investimento e a geração de empregos. Trump argumenta que impostos mais baixos permitirão que empresas invistam mais, expandindo suas operações e contratando mais trabalhadores. Além disso, o republicano vê esses cortes como um incentivo para a população consumir e reinvestir em negócios locais.

Essa política de incentivo econômico por meio de impostos, segundo o novo governo, deve ser acompanhada de medidas para simplificar o sistema tributário, reduzindo burocracias e facilitando os processos para pequenas e médias empresas. Ao mesmo tempo, Trump promete revisar alguns subsídios e incentivos fiscais para focar nos setores que considera mais estratégicos para o país, como energia e infraestrutura.

Política de imigração mais restritiva

Na questão da imigração, Trump planeja retomar políticas de fechamento de fronteiras e aumentar as operações de deportação para conter a imigração ilegal. Ele pretende reverter várias flexibilizações implementadas nos últimos anos, argumentando que uma imigração controlada é essencial para garantir a segurança e os recursos dos cidadãos americanos.

Além das deportações, Trump promete reforçar a segurança nas fronteiras e expandir medidas como a construção de barreiras físicas e tecnológicas. Com essa postura mais rígida, o novo governo busca frear a entrada de imigrantes ilegais e direcionar o apoio governamental para imigrantes que ingressam no país de forma legal. Para ele, uma imigração controlada e com base em critérios específicos é fundamental para preservar empregos e recursos destinados aos cidadãos.

Política Externa: firmeza com aliados e adversários

Trump também deixa claro que sua política externa terá uma abordagem assertiva e focada em preservar os interesses americanos. O republicano promete apoio contínuo a Israel, garantindo ajuda militar e recursos para que o país se defenda no contexto do conflito com o Hamas. A aliança com Israel, segundo Trump, representa um compromisso com a segurança no Oriente Médio.

Em relação ao conflito na Ucrânia, o presidente eleito demonstra uma postura crítica ao suporte financeiro em larga escala oferecido a Kiev nos últimos anos. Trump afirma que seu governo buscará uma solução diplomática com a Rússia para encerrar o conflito, defendendo que a paz seja alcançada através de um acordo negociado. Essa abordagem visa reduzir os gastos do governo com guerras no exterior, concentrando recursos em investimentos internos.

Meio Ambiente: retirada do acordo de Paris e foco em energia tradicional

No campo ambiental, Trump adota uma postura que desafia o consenso sobre mudanças climáticas. Ele anunciou que pretende retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris, argumentando que o compromisso prejudica a competitividade das empresas americanas. Em vez de investir em energias renováveis, o republicano pretende ampliar a exploração de petróleo e gás, aumentando a oferta interna e fortalecendo a independência energética do país.

Para Trump, a prioridade está em promover uma economia sustentável por meio de recursos que estejam alinhados com os interesses estratégicos dos EUA. O presidente eleito afirma que esse modelo vai gerar empregos na indústria de energia e manter os preços de combustíveis acessíveis para a população. Segundo ele, o país pode adotar uma abordagem equilibrada que valorize a segurança energética sem comprometer o crescimento industrial.

Aborto: autonomia para os estados decidirem

Na questão do aborto, Trump defende uma abordagem descentralizada, concedendo aos estados a autonomia para legislar sobre o tema. Embora o republicano seja pessoalmente contra o aborto, ele afirma que situações como estupro ou risco à vida da mãe podem justificar exceções. Essa visão reflete seu posicionamento de que cada estado deve poder decidir como lidar com a questão conforme as demandas e valores de sua população.

Essa proposta é vista como um meio-termo entre as visões mais restritivas e liberais, permitindo que cada região do país tenha suas próprias diretrizes e evitando uma regulamentação federal rígida. Para Trump, descentralizar o tema respeita as particularidades de cada estado, promovendo um equilíbrio entre autonomia e ética.