Os “porquês’ possuem finalidades diferentes entre seus usos
Um clássico da língua portuguesa que costuma gerar confusão na hora de escrever são os diferentes “porquês”. Existem quatro maneiras de escrever essa palavra, e cada uma possui seu uso específico: “porque”, “por que”, “por quê” e “porquê”.
Para quem está se preparando para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) ou outros vestibulares, é essencial estar atento para não perder pontos na redação, especialmente na avaliação gramatical. Veja quando usar os “porquês”:
Por que
Quando o “por que” aparece separado e sem acento, deve ser utilizado sempre no início de uma pergunta. Seu significado é “por qual razão” ou “por qual motivo”. Exemplos:
- Por que você não foi à festa ontem?
- Por que as pessoas fazem voz fofa para falar com filhotinhos?
Porque
Quando a palavra está junta e sem acento, deverá estar na resposta para conectar duas orações, sendo que a segunda justifica a primeira. Em geral, pode ser substituída por “pois”. Exemplos:
- Eu não fui à festa porque precisei ir ao médico.
- Entretanto, eu errei o discurso porque confundi o conceito de amor e paixão.
Por quê
O “por quê” separado e acentuado sempre significa “por qual razão” ou “por qual motivo”. Se usa no final da frase.
- Não sei por quê!
- Ele estava chateado por quê?
Porquê
De acordo com a CNN, essa forma funciona como um substantivo que significa “razão” ou “motivo”. Geralmente vem acompanhada de um artigo (“o” ou “um”). Exemplos:
- Além disso, ninguém quis saber o porquê da sua reação.
- Lua estará maior nesta noite; veja o porquê.