A celebração do Dia Nacional da Música Gospel é uma maneira de aproximar o governo com os evangélicos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou, nesta terça-feira (15), a instituição do Dia Nacional da Música Gospel. A celebração acontecerá em 9 de junho. A promulgação do projeto de lei é amplamente interpretada como uma tentativa estratégica de aproximação com a comunidade evangélica.
A iniciativa, proposta pelo deputado federal Raimundo dos Santos (PSD-PA), cantor e sanfoneiro gospel, recebeu aprovação do Congresso em agosto deste ano. O Dia Nacional da Música Gospel contou com o apoio da oposição, como a deputada federal Damares Alves (PL-DF) e o senador Marcos Rogério (PL-RO).
O movimento de aproximação com os evangélicos reflete o interesse do governo em estreitar laços com um segmento que tradicionalmente favorece candidatos conservadores. De acordo com a CNN, o Palácio do Planalto tem trabalhado para reverter percepções negativas desde o início do mandato presidencial.
Conforme análise interna, os esforços de Lula para conquistar o apoio dos evangélicos têm gerado resultados, embora progressivos. Pesquisas indicam uma diminuição na desaprovação do governo por parte desse grupo: de 42% em maio para 39% em junho.
Propostas
Esse empreendimento conta com a colaboração de figuras políticas como os prefeitos Eduardo Paes (Rio de Janeiro) e Waguinho Carneiro (Belford Roxo), além da deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ). Recentemente, Lula sancionou um “pacote cristão” que estabelece o Dia Nacional da Pastora e do Pastor Evangélico, comemorado no segundo domingo de junho, além de reconhecer manifestações artísticas cristãs como patrimônio cultural nacional.
Além disso, está prevista para esta terça-feira (15) a sanção de uma lei que classifica a Festa do Sairé, realizada no distrito de Alter do Chão, Santarém (PA), como manifestação cultural brasileira. Na agenda presidencial também consta a inclusão póstuma do ex-governador Eduardo Campos no Livro dos Heróis. Campos faleceu em um acidente aéreo em 2014 e é pai do prefeito reeleito do Recife, João Campos.
Por fim, o presidente se prepara para divulgar um balanço do programa federal Acredita, voltado para concessão de crédito a famílias cadastradas no Cadastro Único para iniciar negócios próprios.