Sheila recorre ao TSE para assumir prefeitura de Vitória da Conquista; Confira

Sheila recorre ao TSE para assumir prefeitura de Vitória da Conquista; Confira
A prefeita Sheila foi reeleita com 58,83% dos votos, porém sua candidatura está indefinida – Foto: Instagram @sheilalemosandrade

A prefeita Sheila de Vitória da Conquista foi reeleita com 58,83% dos votos, porém sua candidatura está indefinida

 

Em números, a prefeita de Vitória da Conquista (BA), Sheila Lemos, do União Brasil, foi reeleita com 116.488 votos, representando 58,83% dos votos válidos. Ela competiu com outros quatro candidatos. No entanto, sua candidatura está “anulada sub judice”, ou seja, o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) já invalidou a candidatura, mas Sheila recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a decisão ainda não foi tomada. Aos 52 anos, Sheila Lemos continua o legado político de sua família no terceiro maior município da Bahia.

De acordo com Metrópoles, a página oficial de resultados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informa que “não há requisitos suficientes para atribuição de eleitos pois foram observadas as seguintes situações: Candidata com maior votação nominal anulada ou anulada sub judice e soma de votos de candidatos(as) com votação anulada e anulada sub judice ultrapassou 50% do total da votação nominal”.

Resultados do 1º turno de Vitória da Conquista

  • Sheila Lemos (União Brasil): 116.488 votos, 58,83% dos votos válidos – anulado sub judice
  • Waldenor (PT): 52.947 votos, 26,74% dos votos válidos
  • Lúcia Rocha (MDB): 22.052 votos, 11,14% dos votos válidos
  • Dr Marcos Adriano (AVANTE): 6.512 votos, 3,29% dos votos válidos
  • A eleição em Vitória da Conquista teve 210.920 votos totais, o que inclui 4.195 votos brancos, 1,99% dos votos totais, e 8.726 votos nulos, 4,14%.
  • A abstenção foi de 46.864 eleitores, 18,18% do total de aptos a votar nas eleições 2024 na cidade.

Anulação da candidatura de Sheila Lemos

O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) decidiu, em uma votação de quatro a três, no dia 23 de setembro, que Sheila Lemos seria inelegível. Os juízes argumentaram que a prefeita e sua irmã, juntas, somariam três mandatos consecutivos na mesma família.

Sheila Lemos defende que, embora a eleição como vice-prefeita tenha ocorrido em 2020, ela não ocupou a posição de prefeita. Contudo, ela assumiu a liderança do município no ano seguinte, após a morte do prefeito Herzem Gusmão (MDB), que faleceu em decorrência da Covid-19. Além disso, antes do segundo mandato de Gusmão, sua irmã, Irma Lemos, também exerceu a função de vice-prefeita e chegou a assumir o cargo temporariamente.

Outro ponto polêmico na trajetória de Sheila Lemos é sua associação com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante a eleição de 2022, ela fez campanha em apoio ao ex-presidente. Recentemente, Sheila acionou a Justiça para impedir que seus oponentes na disputa municipal associassem sua imagem à de Bolsonaro.

Embora as autoridades considerassem Sheila inelegível, ela recorreu da decisão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em suma, como mérito do recurso ainda não se julgou, a prefeita pode continuar recebendo votos na eleição municipal.