O jornalista Carlos Tramontina disse que incidente no final do debate teria sido premeditado pela campanha
Carlos Tramontina, jornalista e mediador do debate entre candidatos à prefeitura de São Paulo no Flow News, revelou à CNN que alguém planejou e deliberou as agressões ocorridas ao final do evento. Segundo Tramontina, o incidente não foi fruto da proximidade física entre os candidatos, mas sim uma estratégia calculada por Pablo Marçal.Ainda assim, Tramontina destacou que, durante a maior parte do debate, os candidatos se comportaram de maneira elegante e respeitosa. A situação mudou drasticamente apenas nos momentos finais, quando Pablo Marçal iniciou o que Tramontina descreveu como o “projeto da desclassificação”.
Esse episódio gerou grande repercussão e levantou questões sobre o comportamento dos candidatos em debates e a ética envolvida na competição eleitoral. “Numa demonstração de um método previamente definido, o candidato que fez as considerações finais e que encerraria o debate, inicia o projeto da desclassificação, da ofensa, da calúnia”, detalhou.
Expulsão de Pablo Marçal pelo jornalista
O jornalista Rafael Colombo , que conversou com Carlos Tramontina , detalhou que houve um intervalo de exatos 153 segundos entre a primeira advertência e a expulsão de Pablo Marçal , do PRTB , durante o debate. Colombo destacou que Marçal “desvirtuou as regras do debate deliberadamente”, o que resultou na sua expulsão.
Além disso, Tramontina, por sua vez, defendeu a decisão de não ter medidas preventivas mais rigorosas. Como parafusar as cadeiras dos participantes, alegando que tais ações poderiam ter sido excessivos e inconvenientes. “Eu não acredito nisso porque nada aconteceu antes. Tudo ocorreu porque havia uma ideia preconcebida de alguém em fazer aquilo, de provocar, de criar os cortes, isso é método”, declarou o mediador.
“Eu penso que a gente não tem que partir do pressuposto do pior. O debate e o encontro de candidatos têm que ser algo civilizado”, concluiu Carlos Tramontina.