O candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos atribuiu a responsabilidade pelo incidente à produtora que foi contratada para o evento
O candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), classificou como “absurda” a mudança na letra do Hino Nacional para incluir linguagem neutra durante um comício de sua campanha. Ainda assim, o deputado federal responsabilizou a produtora contratada pelo ocorrido e afirmou que o episódio acabou servindo como munição para seus adversários.
Nesta quarta-feira (28), o candidato afirmou que: “Não foi, logicamente, uma decisão da minha campanha, aquele absurdo que foi feito com o Hino Nacional“.
“Aquilo foi uma produtora, uma empresa produtora contratada da nossa campanha, que por sua vez contratou uma cantora e que teve aquele episódio. A nossa campanha se pronunciou de maneira clara e essa empresa produtora não vai mais trabalhar nos próximos eventos da campanha”.
De acordo com a CartaCapital, durante a execução do Hino Nacional, a intérprete Yurungai utilizou a linguagem neutra na performance. “Des filhes deste solo és mãe gentil, pátria amada, Brasil”. No entanto, a campanha de Guilherme Boulos retirou das redes sociais do candidato o vídeo que registrava o momento no comício.
Assista abaixo execução do Hino Nacional durante comício do candidato Boulos
“Ain, Hino Nacional com linguagem neutra é inclusão”
Inclusão pra mim é incluir a classe pobre trabalhadora em moradia digna, emprego c salário digno, saúde, educação, transporte, segurança públicos de qualidade.
Linguagem neutra não é inclusão é lacração pic.twitter.com/PYZAg1Ts0U— Paulino Costa🌹🇧🇷🏳️🌈 (@PaulinoCosta) August 27, 2024
Em suma, essa modificação na letra do Hino Nacional gerou uma repercussão negativa, colocando Boulos e o presidente Lula (PT), que também esteve presente no evento de campanha, no centro das críticas. Ainda assim, o comício contou com a presença de ministros e de Marta Suplicy (PT), que é candidata a vice-prefeita na chapa do candidato Psolista.
A alteração criticada por diversas figuras públicas. Entre os que repudiaram a mudança estão os deputados federais: Kim Kataguiri (União-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Além deles, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que lidera a seção feminina do PL, também aproveitou o episódio para atacar Guilherme Boulos e o presidente Lula.