Nicolás Maduro propõe negociações com EUA; entenda

A Casa Branca manifestou que estará disposta a revisar suas sanções contra a Venezuela, como o embargo ao petróleo e ao gás, caso se houvesse “eleições livres” no país

Nicolás Maduro propõe negociações com EUA; entenda
Maduro tomou a decisão nesta quinta-feira (1) – Reprodução Instagram (@nicolasmaduro)

Nesta quinta (1), Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, propôs retomar as negociações com os Estados Unidos. Isso aconteceu após o governo estadunidense não reconhecer o resultado da eleição que reelegeu o político. “Sempre dialoguei”, escreveu Maduro na rede social X. “Se o governo dos Estados Unidos está disposto a respeitar a soberania e deixar de ameaçar a Venezuela, podemos retomar o diálogo”, afirmou.

Entretanto, o presidente venezuelano condicionou possíveis contatos em relação ao “cumprimento” do memorando de entendimento. Esse que foi feito em setembro de 2023, em negociações diretas entre Washington e Caracas no Catar. Na época, em paralelo às negociações, aconteceu um processo de diálogo entre o chavismo e a oposição em Barbados. O debate era sobre o roteiro para as eleições presidenciais.

De acordo com o G1, Antony Blinken, secretário de Estado americano, se pronunciou sobre a Venezuela nesta quinta-feira (1). Ele afirmou que há “evidência abundante” da vitória do opositor Edmundo González Urrutia. O que corroborou com a oposição, que afirmou que tem cópias de mais de 80% das atas da urna e que Edmundo González conseguiu 67% dos votos. No entanto, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou Maduro como presidente, com 51% dos votos, contra 44% votos em González.

Nicolás Maduro compartilhou a cópia do memorando de entendimento do Catar. “Após a realização de eleições presidenciais e a posse do presidente devidamente eleito, os Estados Unidos desbloqueiam os ativos do governo venezuelano atualmente congelados” e “levantam todas as sanções”, indicou o documento. Enquanto isso, a Casa Branca manifestou que está disposta a revisar suas sanções contra a Venezuela se houvessem “eleições livres”.