Farmácias autorizadas foram orientadas pelo Ministério da Saúde a disponibilizarem testes rápidos de HIV, hepatites virais, sífilis e outras ISTs (infecções sexualmente transmissíveis.
As orientações saíram na nota técnica publicada pelo ministério. Entretanto, segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), os exames vão servir para a triagem, não diagnóstico. Eles vão facilitar a detecção das doenças, porém não irão valer, de maneira isolada, para futuras decisões clínicas.
De acordo com a Folha de SP, os locais deverão se articular juntamente com a rede de diagnóstico, vigilância epidemiológica do território e a assistência à saúde. No caso, será para a promoção de um encaminhamento consciente dos pacientes com testes positivos. Além do acesso a um diagnóstico conclusivo e, se necessário, ao tratamento.
Quando houver resultados indicadores de doenças de notificação compulsória, o Ministério da Saúde precisará receber a notificação. Além disso, o documento ainda orientou que o profissional que realizar a testagem precisará explicar ao paciente sobre os resultados e o que significam.
Crianças de até 12 anos incompletos, a testagem e a entrega do resultado só acontecerá perante a presença dos pais ou responsáveis. Já os adolescentes de 12 a 18 anos terão o discernimento avaliado. O exame acontecerá a partir da vontade do adolescente, tal qual o compartilhamento do resultado a outras pessoas.
Para Draurio Barreira, diretor do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, estes testes rápidos nas farmácias vão ajudar nos esforços contra a eliminação de infecções e doenças socialmente determinadas até 2030. Ele ainda afirmou que estes exames serão uma ferramenta de apoio e acessibilidade para as pessoas que, por algum motivo, não têm acesso aos serviços do SUS (Sistema Único de Saúde).