Venezuela: oposição defende que Edmundo González venceu

Os dados divulgados pela oposição mostraram que, até a última análise, Edmundo González obteve 6.275.182 votos. Enquanto isso, Nicolás Maduro ficou com 2.759.253.

Venezuela: Oposição diz que Edmundo González venceu
Edmundo González agradeceu o apoio internacional e falou sobre lutar pela liberdade – Reprodução Instagram (@egonzalezurrutia)

Líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, afirmou que Edmundo González é, na verdade, o presidente eleito do país. A mulher ainda ressaltou que “já tem como provar a verdade”. Isso porque nesta segunda-feira (29), o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou Nicolás Maduro como presidente do país após as eleições presidenciais, feitas no domingo (28).

Segundo a líder da oposição, eles tiveram acesso a 73,2% das atas eleitorais. E, com isso, eles poderiam comprovar a vitória de Edmundo González. “Mesmo que o CNE [Conselho Nacional Eleitoral] tenha dado 100% dos votos a Maduro [nas atas restantes], não chega com o que já temos. A diferença foi tão grande, em todos os estados, em todos os estratos, em todos os setores”, destacou.

De acordo com a CNN, os dados divulgados pela oposição mostraram que, até a última análise, Edmundo González obteve 6.275.182 votos. Enquanto isso, Nicolás Maduro ficou com 2.759.253. Além disso, Machado ainda revelou que sua equipe trabalhou para gerar um site “robusto” com todos os dados.

Enquanto isso, Edmundo González, que também esteve na coletiva de imprensa, agradeceu o apoio internacional e falou sobre lutar pela liberdade. “Temos em nossas mãos as atas que demonstram nosso triunfo categórico e irreversível. Entendo sua indignação, mas nossa resposta, dos setores democráticos, é de calma e firmeza”, declarou.

Já na tarde desta segunda-feira (29), o CNE venezuelano proclamou Nicolás Maduro presidente da Venezuela novamente. Maduro ainda falou sobre sua vitória. “Foi uma jornada histórica. Vencer o fascismo, os demônios com a força de Cristo, de Bolívar e Chávez é uma proeza histórica”, disse.

“Recebo essa credencial constitucional, legal, de poder encarregado de gerir os temas eleitorais da Venezuela. O poder soberano eleitoral da Venezuela emitiu um parecer, que recebo com muita humildade”, finalizou.