Poder Saúde: Mbappé, entenda por que nem toda fratura nasal precisa de cirurgia reconstrutiva

Nem sempre é necessário operar. O jogador de futebol francês fraturou o nariz no jogo de estreia da França na Eurocopa contra a Áustria, na segunda-feira. Apesar de não passar por cirurgia, o caso levantou dúvidas sobre como é a cirurgia de reconstrução após uma fratura.

O jogador de futebol francês Kylian Mbappé fraturou o nariz na última segunda-feira, na estreia da França contra a Áustria na Eurocopa. Apesar da possibilidade de cirurgia ser descartada pelo presidente da federação francesa, o caso levantou muitas dúvidas sobre o que pode ser feito após uma fratura no nariz.

“A fratura nasal não necessariamente precisa ser operada, porque às vezes não há nenhum desvio, não entorta o nariz ou não compromete a respiração. Nesses casos, a cirurgia não é necessária e o melhor a fazer é ficar em repouso, usando curativo. A cirurgia tem indicação quando ocorre um desvio grande no nariz ou se a fratura está comprometendo a respiração. Nesses casos, deve-se operar o quanto antes ou esperar algumas semanas para o nariz desinchar para reavaliar. Deve ser feita uma tomografia e, juntamente ao exame físico, definimos se houve desvio e se precisa operar mesmo ou não”, explica o cirurgião plástico Dr. Paolo Rubez, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS).

Mas, caso haja a necessidade de cirurgia, o procedimento é a rinoplastia reconstrutiva. “Também chamada de rinoplastia reparadora, ela apresenta uma função essencial para reintegrar a uniformidade e até mesmo a funcionalidade de órgãos da face que tenham sido lesados após um trauma, como um acidente esportivo ou de carro, por exemplo”, explica. “Essa intervenção cirúrgica no nariz é importante para pacientes que tenham sofrido algum trauma que tenha deixado sequelas ou até mesmo prejuízos na respiração. É comum que esses procedimentos necessitem do uso de enxertos de cartilagem da própria pessoa operada”, diz o médico.

A rinoplastia reconstrutiva é considerada também em situações em que o paciente queira corrigir malformações congênitas. “É muito importante que pacientes que tenham sofrido algum impacto no rosto, que tenha deixado seu nariz torto ou com ‘degraus’ ósseos, busquem o mais rápido possível orientação médica. Somente um profissional poderá avaliar, com precisão, a intensidade do dano e a consequente necessidade – ou não – de realizar uma rinoplastia de reconstrução. O médico deve solicitar exames de imagem, como a radiografia ou a tomografia computadorizada. Somente com os resultados em mãos o especialista poderá indicar quais serão os procedimentos necessários para a rinoplastia reconstrutiva”, diz o Dr. Paolo.

As características do rosto do paciente e do nariz antes do trauma sofrido também são levadas em consideração na hora da realização da operação. Em algumas situações, a rinoplastia reconstrutiva pode ser associada com a septoplastia. “O principal objetivo é devolver ao paciente maior conforto estético, bem como qualidade de vida. A restauração passa também pela necessidade de restabelecer as funções nasais, já que algumas lesões podem atrapalhar até mesmo a qualidade da respiração”, explica o médico. As estruturas que serão manipuladas dependem do tipo e do local da fratura, segundo o cirurgião plástico.

As orientações médicas para o pós-operatório da rinoplastia de reconstrução são as mesmas que as convencionais. “Depois de uma hospitalização que varia de 12 a 24 horas, o paciente necessitará de um curativo externo com esparadrapo, reforçado com uma placa que modele e proteja o nariz durante os primeiros sete dias”, explica o especialista.

Por fim, segundo o Dr. Paolo, para atenuar os sintomas, é indicado que o paciente realize lavagens com soro fisiológico, compressas frias e vasoconstritores tópicos prescritos pelo cirurgião. “É válido dizer que o inchaço também é uma reação normal do organismo e costuma desaparecer quase por completo após um mês do procedimento cirúrgico”, finaliza o médico.

FONTE: Dr. Paolo Rubez: Cirurgião plástico formado pela UNIFESP, é membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), da Associação Brasileira de Cirurgia Plástica (BAPS), da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS) e da Sociedade de Cirurgia de Enxaqueca dos EUA. Dr. Paolo Rubez é Mestre em Cirurgia Plástica pela Escola Paulista de Medicina da UNIFESP. O médico tem 14 Observerships em Cirurgias Plásticas Faciais, nos EUA, sendo 8 com o Dr. Bahman Guyuron em Cleveland. É idealizador do Migraine Surgery Academy, que ensina e estimula cirurgiões plásticos de todo mundo a realizarem as cirurgias de enxaqueca a fim de beneficiar mais pacientes com o tratamento. Instagram: @drpaolorubez

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