Governo Federal investirá R$ 5,5 bilhões em universidades

Os valores do Novo PAC são destinados à consolidação e expansão de universidades e hospitais universitários. Haverá dez novos campi e oito novos hospitais. O orçamento de custeio será ampliado em R$ 400 milhões.

Foto: Ricardo Stuckert / PR

O Governo Federal, por meio do Ministério da Educação, destinará R$ 5,5 bilhões para a consolidação e expansão das universidades e dos hospitais universitários federais. O investimento integra o Novo PAC e será direcionado à criação de dez novos campi, espalhados pelas cinco regiões do país, e à melhoria da infraestrutura das 69 universidades federais. Além disso, serão repassados recursos a 31 hospitais universitários da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), sendo oito novos.

EXPANSÃO

Os novos campi serão construídos nas cidades de São Gabriel da Cachoeira (AM), Rurópolis (PA), Cidade Ocidental (GO), Baturité (CE), Estância (SE), Jequié (BA), Sertânia (PE), Ipatinga (MG), São José do Rio Preto (SP) e Caxias do Sul (RS). As localidades foram escolhidas com o objetivo de ampliar a oferta de vagas na educação superior em regiões com baixa cobertura de matrículas públicas na educação superior. A ampliação resultará em 28 mil novas vagas para estudantes de graduação. Cada obra custará R$ 60 milhões, sendo R$ 50 milhões destinados à construção de laboratórios, salas de aula, biblioteca, administração, restaurante e ambientação urbanística, e R$ 10 milhões para a aquisição de equipamentos, totalizando um investimento de R$ 600 milhões. Os campi oferecerão seis cursos cada, para 2.800 estudantes. Para isso, serão contratados 388 servidores por unidade.

CONSOLIDAÇÃO

Para a consolidação da rede federal de universidades e a melhoria da qualidade da educação superior, serão repassados R$ 3,17 bilhões, destinados a 338 obras, das quais 223 serão iniciadas, 95 retomadas e 20, que estão em andamento, concluídas. Com isso, serão beneficiados, direta e indiretamente, mais de 1 milhão de estudantes universitários do Brasil. As obras visam o fortalecimento da graduação (salas de aula, laboratórios, bibliotecas, auditórios, estruturas acadêmicas e complexos esportivos e culturais) e da assistência estudantil (refeitórios, moradias, equipamentos de saúde e centros de convivência). Serão 51 obras nas universidades da região Norte, totalizando R$ 271 milhões; 117 no Nordeste, com R$ 808 milhões investidos; 76 obras no Sudeste, por R$ 815 milhões; 58 no Sul, com um investimento de R$ 322 milhões, e 35 no Centro-Oeste, que demandarão R$ 205 milhões.

HOSPITAIS

Aos hospitais universitários já foi destinado um montante de R$ 1,5 bilhão em agosto de 2023. Neste ano, o programa de investimentos do governo federal garantirá recursos adicionais de R$ 250 milhões para os hospitais da Rede Ebserh/MEC, totalizando R$ 1,75 bilhão. O valor será usado para a melhoria das condições e do funcionamento dessas unidades de saúde. São dois hospitais no Centro-Oeste, com um investimento de R$ 66 milhões; 14 no Nordeste, onde o repasse chegará a R$ 572 milhões; três no Norte, onde serão investidos R$ 160 milhões; sete no Sudeste, onde o custo previsto é de R$ 550 milhões, e cinco no Sul, com R$ 385 milhões. Oito hospitais são novos e estão ligados às universidades federais de Pelotas (RS), Juiz de Fora e Lavras (MG), Acre, Roraima, Rio de Janeiro, São Paulo e Cariri (CE).

CUSTEIO

Além dos investimentos em obras, as universidades federais serão beneficiadas com novos recursos. Em maio de 2024, o MEC já havia feito uma recomposição do corte realizado no orçamento, no valor de R$ 347 milhões, sendo R$ 242 milhões para as universidades e R$ 105 milhões para os Institutos Federais. Agora, haverá nova ampliação do orçamento, na ordem de R$ 400 milhões, para custeio de despesas das instituições federais de ensino. A suplementação será de R$ 279 milhões para as universidades, que terão um total de R$ 6,38 bilhões para custeio após a ampliação do orçamento. Para os institutos, a ampliação é de R$ 120,7 milhões, com orçamento para custeio chegando a R$ 2,72 bilhões. Esse repasse será destinado ao funcionamento e manutenção das instituições, podendo ser utilizado em gastos com contratos terceirizados, serviços concessionários (água, energia, etc.) e manutenções e reparos de estruturas.

ASSISTÊNCIA

Para garantir a permanência dos estudantes no ensino superior, o MEC também está ampliando o Programa Bolsa Permanência (PBP) em 5.600 novas vagas, por meio de um aporte de mais R$ 35 milhões, o que deixa o programa com um orçamento de R$ 233 milhões — um aumento de 135% em relação a 2022 e de quase 60% em relação a 2023. Com isso, todos os estudantes indígenas e quilombolas de universidades e institutos federais passarão a ser atendidos pelo programa. Atualmente, cerca de 13 mil alunos deste perfil fazem parte do PBP. A partir deste ano, a cobertura ultrapassará 18 mil beneficiários. O valor da bolsa para esse grupo de estudantes é de R$ 1.400,00 desde 2023.

FORTALECIMENTO

Os novos anúncios reforçam uma série de ações que o governo federal vem realizando desde 2023 para o fortalecimento das instituições federais de ensino. Em 2023, o MEC fez um acréscimo de R$ 2,4 bilhões no orçamento dos institutos federais e universidades, sendo R$ 1,7 bilhões para custeio e R$ 730 milhões em novos investimentos.

MEDIDAS

Na educação superior, e pós-graduação, foi feito um reajuste de bolsas de até 75%, um investimento de R$ 2,38 bilhões. O MEC também lançou o ITA Ceará e o ImpaTech, no Rio de Janeiro; participou da atualização da Lei de Cotas, que permitiu a inclusão de mais de 23 mil estudantes oriundos de escolas públicas; tornou o Sisu um processo seletivo único para o ano todo; lançou o Fies Social, garantindo a 13 mil estudantes financiamento de 100% e permitiu a renegociação de dívidas por meio do Desenrola Fies, que já teve 328 mil contratos renegociados.

PROFISSIONAL

Para a Educação Profissional e Tecnológica, foram anunciados investimentos de R$ 3,9 bilhões por meio do Novo PAC. O valor financiará a construção de 100 novas unidades, que gerarão mais de 140 mil novas vagas, e a consolidação dos 685 atuais campi dos IFs, que comemoraram 15 anos de criação. O MEC também retomou o Programa Mulheres Mil, com 54 mil vagas, e iniciou uma série de preparativos após a sanção da lei que criou a Política Nacional de Educação Profissional e Tecnológica.

 

Fonte: Gov.br