Abraço tem poder de melhorar o desenvolvimento de crianças quanto à autoestima e à confiança, conforme estudo

Prática previne problemas psicológicos, como depressão e ansiedade, além de melhorar o comportamento do indivíduo

Você sabia que o abraço, considerado um ato de carinho e afeto, é crucial para o desenvolvimento das crianças? Essa conexão é primordial para a autoestima e confiança. Um estudo publicado no periódico “Journal of Happiness Studies”, na Itália, revelou que crianças e adolescentes que vivem mais momentos de afeto e felicidade são menos propensos a desenvolver problemas psicológicos, como depressão e ansiedade, e comportamentais.

Quando envolvidas em abraços, as crianças se sentem mais seguras, protegidas e amadas. Esse tipo de contato físico, além de estreitar os laços entre pais e filhos, é responsável por liberar o hormônio do bem-estar conhecido como ocitocina, promovendo o sentimento de felicidade e a redução do estresse. Pais que demonstram afeto influenciam seus filhos a desenvolver relações interpessoais positivas e a promover o bem-estar emocional.

Para Alessandro Tomazelli, CEO da Cia do Tomate – empresa do ramo de recreação infantil – demonstrações de afeto são uma poderosa ferramenta de comunicação social: “Colo, abraço e outras demonstrações de afeto só tendem a gerar benefícios aos pequenos. O poder de tais atos provoca estímulos importantes na saúde física, mental e emocional, como também auxilia as crianças a se sentirem mais pertencentes ao ambiente em que vivem e às experiências que compartilham com outras pessoas, seja por meio de uma brincadeira, seja por meio de conversa”.

O cérebro infantil funciona como uma esponja, já que está sempre em busca de absorver experiências. Esse momento enseja oportunidades para a reafirmação de sentimentos como amor e aceitação. Pesquisadores notaram, por exemplo, que o método mãe-canguru é extremamente efetivo nos cuidados de bebês prematuros e consegue evitar um possível óbito. Criada em Bogotá, na Colômbia, a técnica consiste em colocar o recém-nascido contra o peito por longos e repetidos períodos. Procedimento importante tendo em vista que a morte de bebês prematuros, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ultrapassa 20 milhões por ano.

Desta forma, o afeto não é apenas um sentimento, mas um alicerce para o progresso infantil. O mesmo estudo, publicado no periódico “Journal of Happiness Studies”, revelou que os cinco principais motivos de felicidade na visão das crianças são: atividades fora de casa, atividades compartilhadas entre pais e filhos, brincadeiras com os pais, momentos de afeto e relevância dos presentes.

Em suma, o abraço é mais do que um gesto físico, é também uma expressão de cuidado que desencadeia reações benéficas nas crianças. Por meio deste vínculo, é possível fortalecer laços familiares e promover sentimentos como empatia, resiliência e segurança, sensações importantes para a construção de uma nova percepção que valorize conexões significativas.