Estreias literárias brasileiras: Celebrando o Dia do Livro com novas vozes

O livro imortaliza os saberes, e o Dia Mundial do Livro registra a importância de grandes obras da literatura mundial, que são relembradas, discutidas e reverenciadas. E para esse dia tão especial, a agência de curadoria de conteúdo e gestão de palestrantes Casé Fala apresentou alguns autores e autoras brasileiras que se destacaram ao estrear neste mundo literário. Compartilhamos alguns dos relatos cheios de impressões e emoções diante de suas primeiras publicações, que transitam nas questões ambientais, de diversidade e de direitos humanos:

Carla Akotirene, doutora em Estudos Feministas e autora dos livros “O que é Interseccionalidade?”, “Interseccionalidade, Ó pa í, prezada” e “É fragrante fojado dôtor vossa excelência”:

Foto: Andre Magnoni

“Representa uma vingança ancestral contra todos os apagamentos intelectuais que eu e minha família fomos submetidos. A minha imagem na capa do livro corrige a imagem que o Racismo distorceu em todas nós.”

Fe Cortez, consultora para negócios de impacto, idealizadora do Menos 1 Lixo e autora de “Homo Integralis: uma nova história possível para a humanidade”:

Fe Cortez

“Escrever um livro foi um grande atravessamento. Nunca pensei que mexeria tanto comigo, mas posso considerar “Homo Integralis: uma nova história possível para a humanidade” um ponto de virada na minha visão de mundo. Isso porque o livro me fez tecer partes dessa visão que estavam aparentemente separadas. Mas separação é uma grande ilusão. E o que esse livro fez foi embasar uma nova Fe que pariu um livro e um filho no mesmo ano. E junto com eles, a certeza da potência do feminino na regeneração do planeta.”

Maha Mamo, ativista de Direitos Humanos e autora do livro “A Luta de uma Apátrida pelo Direito de Existir”:

Maha

“O lançamento do meu livro, “Maha Mamo: A Luta de uma Apátrida pelo Direito de Existir”, foi um momento de grande significado para mim. Foi a oportunidade de transformar minha história, marcada por desafios e conquistas, em palavras que pudessem inspirar e conscientizar outras pessoas. Mais do que um relato pessoal, o livro se tornou uma ferramenta para amplificar a voz dos milhões de apátridas que vivem à margem da sociedade, sem direitos básicos e sem reconhecimento legal. Através dele, pude compartilhar minhas experiências e angústias, mas também celebrar as vitórias e conquistas que alcancei na luta por uma vida digna e pelo direito à cidadania.
Escrever este livro foi um processo doloroso, mas também extremamente gratificante. Revivi memórias difíceis, mas também pude celebrar os momentos de superação e alegria. Cada página me permitiu reviver minha jornada, desde a infância sem identidade no Líbano até a conquista da cidadania brasileira, um sonho que me acompanhou por toda a vida. Acredito que meu livro pode contribuir para a construção de um mundo mais justo e inclusivo, onde todos tenham os mesmos direitos e oportunidades, independentemente de sua origem ou nacionalidade. Espero que minha história inspire outras pessoas a lutarem por seus sonhos e acreditem que a mudança é possível. A publicação do livro também representou um passo importante na minha luta pela causa da apatridia. Através dele, pude alcançar um público mais amplo e sensibilizar governos, instituições e a sociedade civil para a importância de combater esse problema. Ainda há muito a ser feito para garantir que todas as pessoas tenham o direito à cidadania e à pertença. Mas, com a publicação do meu livro, sinto que dei um passo importante nessa direção.”

Paulo Rogério Nunes, consultor de Diversidade e Inovação e autor do livro “Oportunidades Invisíveis”:

Paulo Rogério por Erique Batista

“Para mim foi uma grande conquista pessoal e coletiva… afinal, meu livro foi o primeiro no Brasil a mostrar que a diversidade é o combustível para a inovação. Ter um livro sobre diversidade na prateleira de negócios em 2019 foi um marco importante.”