Poder Saúde: Infertilidade,3 coisas que você nem imagina, mas que podem diminuir suas chances de engravidar

Dr. Rodrigo Rosa

Dormir mal, realizar exercícios muito intensos e estar sempre estressado pode ser extremamente maléfico para a capacidade reprodutiva

Destaques alguns pontos importantes:

  • Dormir mal afeta a produção de hormônios, inclusive sexual, prejudicando a fertilidade.
  • O estresse favorece o surgimento de proteínas inflamatórias nas células reprodutivas.
  • Já os exercícios intensos também causam desequilíbrio hormonal, o que influencia na capacidade reprodutiva.

Desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou que uma em cada seis pessoas sofre com infertilidade no mundo, as atenções se voltaram para os hábitos de vida, afinal, eles são uma das principais causas da condição. “Nas mulheres, a principal causa de infertilidade é a idade, pois, devido ao processo de envelhecimento, há uma diminuição natural da quantidade dos óvulos. Já nos homens, a infertilidade está relacionada principalmente a condições como varicocele, que é o alargamento das veias dos testículos, infecções urogenitais e hipogonadismo, ou seja, quando os testículos não produzem quantidades adequadas de testosterona, principal hormônio sexual masculino. Porém, não é apenas a idade e as doenças do sistema reprodutor que causam infertilidade. Alguns hábitos que fazem parte da rotina de muitas pessoas também podem interferir nas chances de gravidez de um casal”, afirma o Dr. Rodrigo Rosa, especialista em reprodução humana e diretor clínico da clínica Mater Prime, em São Paulo. O especialista listou abaixo três inusitados:

Falta de sono: “O sono é fundamental para o bom funcionamento da hipófise, glândula presente no cérebro que é responsável pela produção de uma série de hormônios, inclusive daqueles responsáveis pela estimulação dos ovários e dos testículos. Logo, quando o período de repouso é curto ou de pouca qualidade, essa glândula não funciona da maneira como deveria, o que, consequentemente, interfere na fertilidade.”

Estresse: “Altos níveis de estresse podem tornar as chances de um casal engravidar menores. Isso porque o estresse causa processos fisiológicos que podem interferir na produção de hormônios reprodutivos importantes, além de, no homem, favorecer o surgimento de proteínas inflamatórias que prejudicam a qualidade do esperma.”

Exercícios físicos intensos: A prática de exercícios físicos é indispensável para a manutenção da saúde e o bom funcionamento do organismo. No entanto, tudo em excesso faz mal, o que também vale para a realização de atividade física. Isso porque o excesso de exercícios físicos também prejudica o funcionamento da hipófise e, por consequência, os níveis dos hormônios envolvidos na fertilidade. “Além disso, muitas pessoas que realizam atividade física intensiva fazem uso de medicamentos que simulam os efeitos da testosterona como forma de acelerar o ganho de massa muscular, o que pode causar impotência e perda de apetite sexual nos homens e desequilíbrios hormonais e dificuldade no crescimento do endométrio em mulheres, o que reduz as chances de gravidez e aumenta os riscos de aborto”, destaca o médico.

O que mais afeta

Segundo o médico, os vilões clássicos da saúde também podem causar problemas no organismo, diminuindo as chances de gravidez. São eles: cigarro, álcool, alimentação desbalanceada e obesidade.

O Dr. Rodrigo explica que o cigarro é um dos principais causadores da infertilidade, pois os componentes tóxicos presentes no produto, como a nicotina e o alcatrão, pioram severamente a qualidade reprodutiva. “Nas mulheres, o tabagismo é capaz de favorecer a deterioração dos óvulos, envelhecendo-os em até dez anos e acelerando o início da menopausa, o que é especialmente prejudicial hoje em dia, quando as mulheres estão querendo engravidar cada vez mais velhas. Já nos homens o hábito de fumar diminui a quantidade de espermatozoides e fragmenta o DNA do esperma, reduzindo assim a capacidade de fecundação, além de também contribuir para a perda do apetite sexual e a disfunção erétil”, alerta o especialista.

Segundo o Dr. Rodrigo, assim como o cigarro, a ingestão excessiva de álcool também pode interferir na fertilidade, causando, nos homens, a diminuição dos níveis de testosterona com consequente redução na produção e quantidade de esperma, podendo levar também à disfunção erétil. “Já nas mulheres, os efeitos do álcool sobre a fertilidade são pouco esclarecidos, mas sabe-se que, além de reduzir as chances de gravidez, a substância pode permanecer por um certo período no organismo após o consumo e causar problemas durante a gestação, como malformação do feto e síndrome de abstinência no recém-nascido”, completa.

A alimentação influencia a maioria dos processos do organismo, e isso também vale quando o assunto é fertilidade. “A falta de vitaminas e minerais, provenientes principalmente de frutas, vegetais e legumes, comprometem o bom funcionamento do organismo e, consequentemente, a fertilidade. Mas, para os casais que desejam engravidar, existem alimentos que auxiliam na produção de hormônios envolvidos na fertilidade, como peixes, ovos e sementes, já que, por serem ricos em nutrientes como ômega-3 e selênio, contam com ácidos graxos responsáveis pelo funcionamento adequado dos órgãos reprodutores”, explica o médico.

Quanto ao peso corpóreo inadequado, além de favorecer o surgimento de doenças como diabetes e hipertensão, que podem causar problemas durante a gestação, a obesidade também possui influência direta sobre a fertilidade. “Nos homens, o excesso de gordura corporal prejudica a produção de testosterona, o que, além de reduzir o apetite sexual e causar dificuldades de ereção, também interfere na qualidade e quantidade de esperma. No geral, quanto maior o sobrepeso, menor é a qualidade, concentração e mobilidade do esperma”, ressalta o especialista. “Já nas mulheres, o peso inadequado também interfere na produção dos hormônios sexuais femininos, principalmente o estrogênio, o que, consequentemente, atrapalha o processo de ovulação. E, nesse caso, não se trata apenas da obesidade, já que mulheres excessivamente magras, como quem sofre de anorexia, também têm menor chance de engravidar, além de possuírem um risco maior de entrar na menopausa precocemente.”

Por fim, basta lembrar que manter um estilo de vida saudável, adotando uma alimentação balanceada, dormindo bem e praticando exercícios físicos com regularidade, é a melhor maneira de manter o bom funcionamento do organismo e assim melhorar a fertilidade e as chances de gravidez. “No entanto, caso o casal perceba que está tendo problemas para engravidar, é importante que ambos consultem um médico especializado, já que apenas ele poderá realizar uma avaliação e identificar a real causa do problema, recomendando assim o tratamento adequado ou, quando a causa da infertilidade não pode ser revertida, métodos de reprodução assistida”, finaliza o Dr. Rodrigo Rosa.

 

Fonte: Dr. Rodrigo Rosa: Ginecologista obstetra especialista em Reprodução Humana e sócio-fundador e diretor clínico da clínica Mater Prime, em São Paulo, e do Mater Lab, laboratório de Reprodução Humana. Membro da Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) e da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH), o médico é graduado pela Escola Paulista de Medicina – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Especialista em reprodução humana, o médico é colaborador do livro “Atlas de Reprodução Humana” da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana. Instagram: @dr.rodrigorosa

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