O dólar em queda hoje, após cinco dias consecutivos de alta, apresentando um declínio que representa uma recuperação parcial dos ganhos recentes. Enquanto isso, a Bolsa de Valores brasileira observa um desempenho positivo, em sintonia com os índices dos Estados Unidos.
Persiste entre os investidores uma cautela decorrente de preocupações relacionadas ao Federal Reserve dos EUA e à situação fiscal do Brasil. No momento, o dólar está em declínio de 0,33%, cotado para R$ 5,250, enquanto o Ibovespa registra um avanço de 0,59%, alcançando os 125.130 pontos.
Na terça-feira (16), o dólar teve sua quinta sessão seguida de valorização, alcançando seu pico desde março de 2023. Esse movimento foi motivado por apreensões quanto à situação fiscal do Brasil, adiamento das perspectivas de cortes de juros nos EUA e escalada das profundas no Oriente Médio.
Além disso, os investidores reagem aos novos dados de inflação na zona do euro, que permaneceram aquém das expectativas, aumentando as apostas em um corte das taxas de juros pelo Banco Central Europeu em junho. A inflação nos 20 países que adotaram o euro desacelerou para 2,4% no mês anterior, em comparação com 2,6% em fevereiro, alinhada com as projeções iniciais.
O panorama também se mostrou desfavorável para o mercado acionário brasileiro, que encerrou o dia em baixa de 0,75%, aos 124.388 pontos, influenciado especialmente pela queda da Vale, principal empresa ponderada no Ibovespa, em resposta à fragilidade do mercado internacional de minério de ferro.
Os investidores também repercutem um comunicado do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que destacou que os últimos indicadores apontam para uma inflação mais robusta do que o esperado nos Estados Unidos. Powell indicou que o Fed provavelmente precisará de um período adicional para ganhar confiança de que a inflação atingirá níveis compatíveis com as metas da instituição.