A inflação na zona do euro continuou sua tendência de queda em fevereiro, registrando uma taxa de 2,6%, dois décimos abaixo do mês anterior, conforme anunciado pela agência europeia de estatística Eurostat. Embora essa desaceleração seja um sinal positivo em direção à meta de 2% estabelecida pelo Banco Central Europeu (BCE), a instituição agora enfrenta a decisão crucial de avaliar a possibilidade de redução das taxas de juros.
Apesar da expectativa dos analistas de uma taxa de inflação de 2,5%, o resultado de fevereiro superou essas projeções. A inflação subjacente, que exclui energia e alimentos, também desacelerou para 3,1% em relação aos 3,3% do mês anterior.
O segmento de alimentos, tabaco e bebidas alcoólicas registrou uma inflação de 4%, uma queda significativa em relação aos 5,6% de janeiro. Esses dados refletem uma desaceleração nos preços dos itens essenciais para os consumidores.
Além disso, a Eurostat também divulgou uma diminuição na taxa de desemprego na zona do euro, atingindo a menor marca histórica de 6,4% em janeiro. No entanto, a pressão sobre o BCE para iniciar o processo de redução das taxas de juros permanece, especialmente após o aumento progressivo das taxas em 2023 para conter a inflação.
As principais economias da zona do euro apresentaram diferentes perfis de inflação em fevereiro, com a Alemanha registrando 2,7%, a França 3,1%, a Itália 0,9% e a Espanha 2,9%. Esses números destacam a complexidade e os desafios enfrentados pelo BCE ao formular políticas monetárias para a região, considerando as disparidades econômicas entre os países membros.