Os líderes da União Europeia decidiram, de forma unânime, estender uma nova ajuda de 54 bilhões de dólares à Ucrânia, desafiando resistências, especialmente da Hungria. Este acordo surge em um momento crucial, enquanto os Estados Unidos enfrentam divisões sobre o apoio contínuo a Kiev contra a invasão russa. O chanceler alemão, Olaf Scholz, expressou esperança de que a decisão da UE influencie os EUA a seguir o exemplo, destacando a importância do presidente Joe Biden na obtenção de apoio do Congresso.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, elogiou a decisão da UE, destacando que a ajuda fortalecerá a estabilidade econômica e financeira de longo prazo do país. Os títulos em dólares da Ucrânia reagiram positivamente, e a primeira parcela de 4,5 bilhões de euros está prevista para março. A França enfatizou que a mensagem é clara: a Rússia não pode contar com fadiga europeia no apoio à Ucrânia.
A resistência da Hungria, liderada por Viktor Orbán, foi superada, com Orbán exigindo garantias sobre o uso sensato da ajuda. Diplomatas indicaram que o acordo não libera fundos da UE para a Hungria até que as condições sejam cumpridas, aumentando a pressão sobre Orbán. Os líderes da UE também concordaram com a urgência de acelerar a entrega de munições à Ucrânia, embora não tenham endossado um apelo adicional de 5 bilhões de euros para o Mecanismo Europeu para a Paz.
A cimeira destacou a necessidade de reformas no sistema de ajuda militar, evidenciando a Alemanha como tesoureira da UE que não pode gerir sozinha o apoio militar à Ucrânia.