O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que a reoneração dos combustíveis, a iniciar em 1º de janeiro, não resultará em um aumento significativo no preço do diesel para os consumidores nos postos de abastecimento. Haddad afirmou que o acréscimo na carga tributária sobre o diesel, decorrente da retomada dos impostos federais PIS/Cofins no próximo ano, será compensado pelas reduções de preço anunciadas pela Petrobras.
Segundo o ministro, o impacto estimado da reoneração do diesel será de pouco mais de R$ 0,30. Essa afirmação ocorreu após a Petrobras anunciar um corte de R$ 0,30 no preço do litro do diesel vendido às distribuidoras de combustível. Haddad destacou que a redução de preços pela Petrobras supera a reoneração programada para janeiro, garantindo que não há motivo para um aumento no preço final do produto.
Entretanto, a Petrobras ressaltou que o valor pago pelos consumidores nos postos é influenciado por outros fatores, como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e dos postos de revenda. Haddad também anunciou que medidas compensatórias à derrubada do veto da desoneração da folha de pagamento serão divulgadas até a próxima quinta-feira.
A política de desoneração da folha de pagamento, em vigor desde 2011, foi vetada pelo presidente Lula em novembro, gerando debates sobre a substituição da contribuição previdenciária por uma alíquota sobre a receita bruta. Além disso, Haddad adiantou a intenção do governo de lançar um programa, ainda esta semana, que facilitará a dedução da depreciação de equipamentos de produção no Imposto de Renda, visando estimular investimentos e aumentar a produtividade na indústria brasileira.