A UNCTAD, a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, lançou um alerta significativo sobre a situação econômica global. Ela descreve o cenário atual como caracterizado por crescentes desigualdades e divergências nas trajetórias de crescimento entre as principais regiões do mundo.
No que diz respeito às previsões de crescimento para 2023, a Ásia lidera o caminho, com uma estimativa de crescimento de 3,9%, representando um aumento de 0,3 pontos percentuais em relação a 2022. As demais regiões seguem em ordem decrescente: África (2,7%), América (2%), Oceania (1,8%) e, em último lugar, a Europa (0,6%). No caso do Brasil, a ONU prevê um crescimento de 3,3% em 2023, em comparação com os 2,9% registrados em 2022. Para o ano seguinte, a estimativa é de um crescimento de 2,3%. Enquanto isso, a Argentina enfrenta as piores perspectivas, com uma projeção de queda de 2,4% em 2023 e um recuo previsto de 0,6% em 2024. Notavelmente, apenas a Alemanha se junta à Argentina com uma estimativa de crescimento negativo para 2023, com uma queda projetada de 0,6%.
O relatório também salienta a “necessidade urgente” de desenvolver mecanismos que promovam segurança alimentar, proteção social e adaptação climática, à medida que as desigualdades e o endividamento continuam a aumentar. Sem ação decisiva, a economia global permanece frágil e exposta a uma série de choques imprevisíveis que podem se transformar em crises.
Em relação à Rússia, as projeções indicam um crescimento do PIB de 2,2% em 2023 e 2% em 2024. O relatório também aponta que o volume das exportações de energia do país, que é a principal fonte de divisas, permaneceu praticamente estável, sem mudanças significativas.