Nesta sexta-feira, o dólar teve uma montanha-russa no mercado, começando em forte alta acima de R$ 5,20 devido a surpreendentes dados de emprego dos EUA. No entanto, ao longo da tarde, reverteu sua tendência e começou a cair. O Ibovespa, por sua vez, começou em queda, mas também mudou de direção e subiu.
Os dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos revelaram a criação de 336 mil novos empregos em setembro, muito acima das projeções de 171 mil vagas. Esse aumento no emprego pode pressionar a inflação e levar o Fed a manter as taxas de juros elevadas por mais tempo.
Às 13h40, o dólar estava cotado a R$ 5,1590, com uma máxima no dia de R$ 5,2207, marcando seu nível mais alto desde março. O dia anterior viu o dólar fechar em R$ 5,1524, atingindo seu maior patamar em seis meses e acumulando alta de 2,82% na semana e no mês, mas uma queda de 2,07% no ano.
Os investidores reagiram ao aumento das taxas de juros nos EUA, que atualmente estão entre 5,25% e 5,50%, o mais alto em duas décadas. O Fed sinalizou que manterá essas taxas elevadas até que a inflação atinja sua meta de 2% em dois meses, enquanto a inflação anual está próxima de 3,7%. Isso também levou os rendimentos reais dos Treasuries dos EUA a atingirem seu maior nível em quase 15 anos, o que atrai investidores em busca de segurança.
No geral, o aumento do emprego nos EUA e a política de juros do Fed estão influenciando os mercados, com o dólar atingindo patamares mais altos e os investidores buscando refúgio nos títulos do Tesouro norte-americano, vistos como os mais seguros do mundo. Isso tem levado a uma migração de investidores longe de ativos de risco, como ações.