Tim Cook se desfaz de aproximadamente R$ 210 milhões em ações da companhia, em meio a preocupações com a queda nas ações das gigantes de tecnologia
O CEO da Apple, Tim Cook, protagonizou uma notícia de destaque nos círculos financeiros nesta semana ao realizar a sua maior venda de ações da empresa em mais de dois anos. Cook se desfez de 511 mil ações, rendendo-lhe um ganho líquido de aproximadamente R$ 210 mi após impostos.
O movimento de Cook acontece em um momento sensível para a fabricante do iPhone, já que as ações da empresa caíram mais de 12% desde o seu pico em julho, refletindo uma tendência de baixa no mercado de tecnologia. Analistas apontam que essa queda está relacionada a preocupações dos investidores com a demanda por novos smartphones, que parece estar se recuperando mais lentamente do que o esperado.
O CEO da Apple, que ainda detém cerca de 3,28 milhões de ações na empresa que ajudou a liderar por mais de duas décadas, sofreu recentemente um raro corte salarial de aproximadamente 40%, reduzindo sua remuneração para R$ 269,5 milhões em 2023. Essa redução salarial está inserida em mudanças na estrutura de compensação de Cook, que também incluem um aumento nas bonificações de ações vinculadas ao desempenho da Apple, que passarão de 50% para 75% neste ano.
Vale ressaltar que a última grande venda de ações realizada por Tim Cook ocorreu em agosto de 2021, quando ele vendeu mais de R$ 4,1 bi em ações da Apple após completar uma década como CEO.
A notícia das vendas de ações por parte de Cook e outros executivos da Apple, como as vice-presidentes sênior Deirdre O’Brien e Katherine Adams, ocorre em meio a uma reavaliação do mercado em relação à empresa e ao setor de tecnologia como um todo. Na esteira desse anúncio, as ações da Apple tiveram um leve aumento de 0,6% durante a sessão seguinte.
Com uma fortuna pessoal estimada em cerca de R$ 10,45 bilhões, segundo a Forbes, Tim Cook ainda se encontra atrás de outros magnatas da tecnologia, como Elon Musk, Jeff Bezos e Mark Zuckerberg.
A Apple recentemente lançou o iPhone 15, com preços de entrada mais elevados nos Estados Unidos e preços consideráveis em mercados como o Brasil, onde o dispositivo pode custar até R$ 13.999 na versão mais potente.