Amazônia enfrenta seca sem precedentes

Crédito: Cadu Gomes / VPR

Alckmin e ministros vão a Manaus para discutir medidas contra a seca extrema na Amazônia, com 55 municípios em estado de emergência, levando à suspensão da produção de energia e ameaçando a vida de 500 mil pessoas

Para enfrentar a severa seca que assola o Amazonas, uma comitiva liderada por Geraldo Alckmin chegou à região. A ação foi ordenada pelo presidente Lula, que se encontra em recuperação após uma cirurgia no quadril. A situação é crítica, com 55 dos 62 municípios amazonenses sob estado de emergência decretado pelo governo estadual.

O vice- presidente Geraldo Alckmin integra uma comitiva composta por ministros e secretários da Esplanada, como Marina Silva, Alexandre Silveira e Silvio Costa Filho.

Em Manaus, a vazante do Rio Negro tem alcançado níveis historicamente baixos, enquanto queimadas nos arredores da cidade têm envolvido a área em densa fumaça. A equipe de ministros e Alckmin dirigiu-se ao rio Madeira, que sofre com uma seca sem precedentes, levando a usina Santo Antônio, em Rondônia, a suspender temporariamente a produção de energia.

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A estiagem já causou a morte de animais e o encalhamento de embarcações, com o risco de escassez em municípios dependentes do transporte fluvial para a entrega de combustíveis, alimentos e remédios. Estima-se que cerca de 500 mil pessoas possam ser afetadas pela grave seca, e Rondônia também enfrenta sérios desafios.

Em resposta à crise, o governo federal, após uma reunião com ministros e parlamentares da bancada do Norte, anunciou a criação de uma força-tarefa para prestar assistência à população afetada. Isso envolve o envio de ajuda humanitária e a realização urgente de dragagem em trechos do rio Solimões, bem como em pontos críticos nas áreas do Tabocal e Foz do Rio Madeira, próximo a Manaus. O investimento para essas obras emergenciais totalizará R$ 141 milhões.