Suicídio é questão de saúde pública

Subnotificação incluída, OMS estima um milhão de suicídios por ano, ou seja, todos os dias, mais de 2,7 mil pessoas morrem pelas próprias mãos

Crédito: CC/Unsplash

Por Márcia Rocha

Estamos em meio à campanha Setembro Amarelo, que teve início em 10 de setembro, Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. A ação, que faz parte do calendário nacional desde 2015, foi criada para sensibilizar a população sobre a importância do tema, que pede atenção ininterrupta. Falar sobre suicídio ainda é tabu, e mergulhar nessa questão, esgotar o assunto, é uma maneira eficiente de fazer os números despencarem.

Transtornos mentais estão presentes em 80 a 90% dos casos de suicídio, sendo que os transtornos de humor (transtorno bipolar e depressão unipolar, diagnósticos relacionados ao espectro bipolar) são os mais frequentes. Também não se deve desprezar o papel das doenças crônicas e incuráveis, que impactam enormemente a qualidade de vida de seus portadores.

Sentimentos de desesperança, desamparo e desespero não podem ser desconsiderados, já que costumam rondar quem está pensando em atentar contra a própria vida – e também podem ser percebidos por quem convive com elas. Assim, conversas frequentes sobre morte, vontade de morrer, expressões como “não vejo mais razão para continuar vivendo” ou “seria melhor se eu não estivesse aqui” devem sempre ser levados em conta. Nesssa situação, a proximidade da família e dos amigos é crucial, já que laços sociais são considerados fatores de proteção.  O suicídio é a quarta causa de morte na faixa de 15 a 29 anos, segundo a OMS. O risco cresce com o abuso de álcool e de substâncias, que não só aumentam a impulsividade, mas também a incidência de depressão e psicose, criando um círculo vicioso que pode ter um desfecho trágico.

Para terminar, o post da campanha no Instagram, e um vídeo que a American Foundation for Suicide Prevention está veiculando em suas redes sociais.