Concursos de beleza jamais deveriam existir, dado que é impossível estabelecer critérios que não estejam subordinados a um ideal de beleza subjetivo. Isso vale para pessoas, pets e paisagens naturais. Mas isso não impede que possamos ficar deslumbrados, mesmerizados, hipnotizados por um lugar.
A Chapada dos Veadeiros, em Goiás, a cerca de 200 quilômetros de Brasília, é uma dessas regiões que o visitante, em dado momento, pode dizer: “Essa parada é sinistra”, ou, traduzindo, “estou no lugar mais bonito que eu já fui”.
Além de toda a combinação de formações rochosas, cachoeiras, campos de flores com as famosas cores do cerrado, o lugar ainda tem um quê de místico, com levas de pessoas se dirigindo para Alto Paraíso de Goiás, São Jorge e Cavalcanti, as principais cidades da região, especialmente em viradas de milênio, anúncios de cataclismos, essas coisas.
Alto Paraíso, que deve concentrar a maior densidade demográfica de praticantes de reiki do planeta, é o ponto mais estruturado da região e ainda contém cachoeiras muito aproveitáveis a poucos quilômetros de suas ruas principais.
É o caso do “complexo” Loquinhas, com muitos poços para mergulho acessíveis inclusive para crianças.
São Jorge é a porta do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, que tem muitas trilhas diferentes a ser exploradas. Convém discutir com um guia local as melhores estratégias, dado que é preciso caminhar (muito) para dar conta das muitas atrações naturais de lá.
Em Cavalcanti, bem mais ao norte, fica a cachoeira que é sempre tida como a mais memorável da região, a de Santa Bárbara, por conta do tom verde-esmeralda que emana do poço. Ultimamente, com fama crescente, filas grandes passaram a se formar no controle de acesso.