É provável que boa parte do que compõe as “forças armadas” não esteja muito preocupada com isso. Mas a pesquisa do Instituto Quaest publicada nesta segunda-feira (21) mostra, didaticamente, que a opinião pública sobre a instituição já não é tão favorável.
Em oito meses, desde a última medição, em dezembro de 2022, o índice de confiança no Exército, Marinha e Aeronáutica caiu. O “confia muito” caiu 10 pontos percentuais, para 31%; o não confia subiu 5 pontos, para 23%; também subiu 5 pontos o confia pouco, agora 33%.
2/ A queda de confiança mais significativa se deu entre eleitores de Bolsonaro, o que sugere, na minha avaliação, algum tipo de frustração sobre alguma expectativa que havia entre esse segmento. pic.twitter.com/KfX90lT3qw
— Felipe Nunes (@profFelipeNunes) August 21, 2023
Parece uma marca expressiva diante de instituições como o STF (18% de confia muito; 36% de confia pouco e 40% de não confia) ou o Congresso (9% de confia muito; 45% de confia pouco; 43% de não confia), mas a queda na confiança geral das Forças não têm paralelo na própria PM e nas igrejas evangélicas e católica, que mantiveram, mais ou menos, suas marcas anteriores.
4/ No comparativo, apenas as forças armadas viram sua confiança cair. As outras instituições mantiveram seus patamares praticamente estáveis. pic.twitter.com/nSTay7LKJz
— Felipe Nunes (@profFelipeNunes) August 21, 2023
Para Felipe Nunes, da Quaest, a explicação pode estar nos estratos bolsonaristas dos 2 029 entrevistados, já que a grande perda de confiança se deu justamente entre os que votaram “22” em outubro. Os bolsonaristas que “confiam muito” nas Forças caíram de 61% para 40%. Entre os lulistas, os números ficavam praticamente inalterados.