Desde que voltou de sua invernada em Curitiba, Lula passou a falar que o impeachment de Dilma Rousseff em 2016 foi golpe, algo que ele não vocalizava com tanta gravidade antes. No evento de lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento 3, o PAC 3, nesta sexta-feira (11), no Rio, Dilma foi a convidada de honra.
Dilma era chamada por Lula em seu segundo mandato como “mãe do PAC” e com esse empurrão e com o boom das commodities, conseguiu se eleger presidente em 2010 e reeleger-se em resultado apertado contra Aécio Neves (PSDB) quatro anos depois.
Pois bem, Dilma foi impichada, proscrita por boa parte da população — e por quase toda a mídia –, e vem agora sendo chamada por Lula a participar de alguma forma das cerimônias de seu governo. Atual presidente do banco dos BRICS, ela esteve ao lado de Lula e do governador fluminense, Cláudio Castro (PL) na cerimônia em que o governo fez seu grande roadshow de investimentos que podem chegar à casa do trilhão de reais.
A mãe do PAC não fez sucessores: Lula repartiu a paternidade do PAC 3 entre seus ministros, com leve proeminência para Rui Costa, da Casa Civil, a quem cabe coordenar o desenvolvimento dos projetos.