Os indiciamentos de que o ex-presidente Donald Trump vem sendo objeto crescem mais ou menos como o número de mortos da Operação Escudo, da PM paulista, no Guarujá; aqui o “body count”, na versão divulgada pelo próprio governo paulista, subiu 75% em apenas um dia. Lá, a coisa também vem apertando: nesta terça (1), o republicano somou mais um indiciamento à lista.
E não foi qualquer um: o desta terça (1) é o mais grave da sequência de indiciamentos, considerado o risco às suas pretensões eleitorais, já que envolve a atuação de Trump no estímulo à invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Naquele dia, o Congresso homologava a vitória eleitoral de Joe Biden contra o republicano, e uma turba enlouquecida tentou impedir que o rito acontecesse. Houve, como em São Paulo, body count naquele dia: cinco mortos.
Este indiciamento pode alijar o republicano das eleições de 2024, diferentemente de outros casos, já que os Estados Unidos permitem candidatos com “capivaras” em eleições. O que não pode ter, até se prove o contrário, é envolvimento em insurreição ou rebelião — difícil não encarar 6 de janeiro dessa forma.
Com tudo isso, Trump está a fazer comer poeira seu principal rival nas prévias republicanas, o governador da Flórida, Ron de Santis. Pesquisa do New York Times/Siena College divulgada na segunda (31) mostrou 37 pontos a favor do ex-presidente.