Pouco antes das 22h de quinta-feira (6), após discursos razoavelmente extemporâneos do próprio presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL), e do relator da PEC da reforma tributária, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), a Câmara Federal deu a conhecer o resultado da votação da PEC da reforma tributária em primeiro turno.
A PEC, que precisava de maioria qualificada (por se tratar de emenda constitucional) de 3/5 do quórum, foi referendada por 382 deputados no primeiro turno. Todos os partidos, com exceção do Novo, que liberou sua minúscula bancada, e o PL, a maior bancada da Câmara, indicaram apoio à PEC. No segundo turno da votação, que aconteceu na madrugada desta sexta-feira (7), o texto-base da proposta foi aprovado com 375 votos favoráveis e 113 contrários.
Ainda que a vitória da PEC seja muito celebrada no Planalto e na Esplanada, Arthur Lira cresce com essa aprovação. Ao longo da quinta-feira, ele se comportou como uma celebridade às vésperas de um grande ato. Logo cedo, em entrevista à emissora all-news do dia (a Band News), fez questão de repisar o ponto da narrativa que elegeu repetir ad infinitum, o de que o projeto ora aprovado era uma pauta “do Brasil”, não do governo de plantão.
Pouco antes dos deputados iniciarem a primeira votação, Lira leu um rápido discurso, algo pouco comum ao protocolo, em que novamente sublinhava a necessidade da reforma tributária, a primeira dos temos da democratização, como disse.
Como o semipresidente irá se comportar doravante, eis aí algo que vai ser interessante observar — especialmente pelos atores do Planalto.