Em live, Lula detona Bolsonaro e repete compromisso com desmatamento zero até 2030

Marcos Uchô e Lula || Créditos: Reprodução

Presidente ainda chamou reunião ministerial interminável de quinta (15) de "excepcional" e importante para preparar governo contra "fofocas de jornal"

O presidente Lula começou a semana com a macaca. Ele adiantou sua live presidencial para a manhã desta segunda (19) em função de uma viagem para ver o papa na terça (20), dia marcado para esses encontros. Chamando o presidente informalmente pelo vocativo “você”, o “âncora” Marcos Uchoa, ex-TV Globo e que decidiu na undécima hora retirar sua candidatura a deputado federal pelo PSB em 2022, iniciou o semanal perguntando sobre a interminável reunião ministerial de quinta (15), que Lula reputou de “excepcional”.

Lula parece ter montado a reunião para, em suas palavras, “harmonizar a linguagem do governo” e juntar os 37 ministros e três presidentes de estatais presentes para que todos pudessem entender o trabalho dos colegas e soubessem como responder ao que chamou de “fofocas de jornal”.

“A reunião vai permitir que o governo trabalhe de maneira mais harmônica (…) Eu não quero ministro da Esplanada dos ministérios (…) quero ministro viajando (…) Foi a melhor reunião que eu já fiz (…) Eu ouvi 40 discursos (…) Importante harmonizar a linguagem do governo (…) A primeira reunião que teve aplauso no final porque todo mundo saiu satisfeito da reunião”, disse Lula.

Mas esse foi só o “esquenta” para o momento mais picante da conversa, quando Lula detonou seu antecessor, que esta semana tem sua inelegibilidade julgada pelo TSE.

“Já está provado que eles tentaram dar um golpe. E coordenado pelo ex-presidente que agora tenta negar (…) Vai ser julgado pela Justiça comum e irá para a cadeia se tiver cometido crime, se não, as pessoas voltam a viver as suas vidas com tranquilidade (…) Mas nós não vamos aturar as pessoas que tentaram dar golpe, destruir a democracia do nosso país.”

Lula ainda falou longamente de preocupação ambiental. Houve espaço para a COP-30 em Belém no fim de seu governo; do compromisso de desmatamento zero em 2030; da importância da Amazônia como balizadora dos fenômenos climáticos ao longo do país e do planeta; e repetiu o discurso de que o sujeito que se “dá o luxo de pegar uma motosserra e  cortar uma árvore de 300 anos para fazer móveis tem de plantar e florestar”.

O presidente ainda garantiu que o governo “vai cuidar” do Pantanal e de três biomas brasileiros — caatinga, cerrado e mata Atlântica.

E sobre a viagem da noite desta segunda-feira, Lula falou que após ver o papa pretende “almoçar com [o presidente francês] Emmanuel Macron”. “Quero discutir com o Macron a questão do parlamento francês que aprovou o endurecimento do acordo do Mercosul com a União Europeia”. E, repetindo os piores momentos de Bolsonaro, mandou: “Ninguém tem o direito de dar o palpite ao Brasil sobre energia (…) 87% de nossa energia elétrica é renovável.”

Veja a live, abaixo.