As editorias de negócios dos portais brasileiros se alvoroçaram com a oferta de cerca de R$ 10 bi feita pela Unipar Carbocloro no sábado (10) para passar a deter a maior parte das ações da petroquímica Braskem, nascida de uma joint entre a Odebrecht (hoje Novonor) e a Petrobras, ainda hoje suas principais acionistas. A Novonor e credores da Odebrecht passariam a ser minoritários caso a oferta seja aceita.
Como esmiuçou o jornal Valor Econômico, a Unipar, liderada pelo empresário Frank Geyer Abubakir, capa da revista PODER em 2021 — veja abaixo um extrato do perfil e leia a íntegra dele aqui –, reviu a posição de compra diante do interesse de companhias estrangeiras na Braskem. A princípio, a Unipar, maior fabricante de cloro e soda cáustica da América do Sul, considerava ficar com ativos da petroquímica em São Paulo, o que não agradava à Novonor.
Em comunicação ao mercado no domingo (11), a Novonor admitiu protocolarmente que “avaliará os termos e condições da proposta em conjunto com as instituições financeiras
detentoras da alienação fiduciária das ações da Braskem S.A. de propriedade da Novonor, assim
como tem feito com as demais ofertas anteriormente comunicadas”.
“Não há qualquer decisão, mesmo que preliminar, tomada a respeito da proposta”.
Da revista PODER, sobre Frank Geyer e a Unipar:
“Você não vê, mas nós estamos aí. O velho slogan da empresa Persico Pizzamiglio, que chegou a ser relevante na fabricação de tubos de aço no Brasil, poderia funcionar para a Unipar Carbocloro, a um dia refinaria de petróleo que hoje produz cloro, soda e PVC – este último ironicamente o material plástico, ou polímero, para ser mais preciso, que desbancou o aço dos encanamentos e ajudou a jogar uma pá de cal na Pizzamiglio.”