As agendas do presidente Lula e do vice-presidente, Geraldo Alckmin, nesta quinta-feira (25) estão carregadas. Na hora do almoço, Lula teve encontro no palácio do Planalto com ministros e delegações africanas para celebrar o Dia da África, e, em seu discurso lastimou o racismo e achou conveniente desferir novos ataques ao Conselho de Segurança da ONU.
Já Geraldo Alckmin, também ministro do Desenvolvimento Industrial, esteve com empresários do setor automotivo em Brasília. Ele guardou para esta quinta-feira, que celebra um outro dia, o dia da Industria, uma comunicação importante.
Alckmin detalhou finalmente o plano de incentivos para dar tração no consumo do tal “carro popular”, agora também “sustentável”, hoje com preço final entre R$ 70 mil e R$ 120 mil. Um programa de descontos progressivo obedecerá critérios de nacionalização e baixa emissão de C02; quanto maior a fábricação de componentes no Brasil e quanto menor a emissão de dióxido de carbono do carro, mais descontos.
A renúncia fiscal federal compensatória virá do PIS, do Cofins e do IPI.
Presidente e vice ainda assinaram um texto publicado nesta quinta-feira em O Estado de S.Paulo sobre a desejada recuperação do setor industrial, o que chamam de “neoindustrialização”. Sobrou para o modelo brasileiro de exportação de commodities: um parágrafo em que o duo começa por reconhecer que a “exportação de matérias-primas é importante” é concluído com a constatação de que “estamos perdendo a corrida da sofisticação produtiva.”
No texto, Lula e Alckmin falam ainda de um programa de incentivo à fabricação de semicondutores e, na indústria automobilística, da troca dos motores a combustível fóssil por eletricidade e também etanol.
Em aceno ao agronegócio, os autores ainda sugerem a possível redução da dependência externa de fertilizantes e o lançamento de um programa de financiamento de maquinário agrícola.
No fim desta tarde, Lula veio a São Paulo, à Fiesp, para coroar a programação do Dia da Indústria.