Marcos do Val protesta contra escolha de Eliziane Gama como relatora da CPMI de 8 de janeiro

Marcos do Val e Eliziane Gama || Crédito: Jefferson Rudy/Pedro França/Agência Senado

Argumento é que amizade de longa data da senadora com o ministro Flávio Dino, ambos do Maranhão, comprometeria imparcialidade

A reunião de instalação da CPMI dos Atos Golpistas movimentou o Congresso Nacional nesta quinta-feira (25). Como já previsto, os nomes do deputado federal Arthur Maia (UB-BA) para a presidência da comissão; e dos senadores Cid Gomes (PDT-CE) e Magno Malta (PL-ES) como primeiro e segundo vice-presidentes, respectivamente, se confirmaram.

Assim como a da senadora Eliziane Gama (PSDB-MA), que ficou com a relatoria. “Acabo de receber a maior missão da minha vida”, tuitou ela, citando sua experiência em CPIs ao longo de sua vida pública.

Eliziane, como se sabe, teve participação altiva na CPI da Covid-19, juntamente com a hoje ministra Simone Tebet (MDB-MS).

Já no Twitter do senador Marcos do Val (Podemos-ES), o tom não foi nem um pouco festivo. Contrário à escolha de Eliziane,  alegou, logo no início da sessão, que ela  não seria imparcial devido à amizade de longa data com o ministro Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), um dos que devem ser investigados pela comissão.

(Os oposicionistas querem contra-atacar o PT e o governo com a hipótese de uma lassidão voluntária das forças sob abrigo do ministério de Dino.)

Logo que Eliziane foi confirmada como relatora, do Val postou um tuíte, dizendo estar indignado e decepcionado, e que o país está indo para o caos. Para completar, publicou também quatro imagens de Eliziane e Dino juntos em diversas ocasiões.

Do Val é o mesmo senador que tentou comprometer o ministro Alexandre de Moraes numa história rocambolesca em que Jair Bolsonaro falava-lhe de um possível golpe de estado; é também o sujeito que mereceu de Dino o chiste: “Se o senhor é da Swat, eu sou dos Vingadores.”