O possível anúncio em alguns dias da entrada do governador da Flórida, Ron DeSantis, na corrida à candidatura republicana à presidência dos Estados Unidos, em confronto aberto com o ex-presidente Donald Trump, foi precedido por uma ducha, ou melhor, por uma cachoeira de água fria.
Na quinta-feira (18), a Disney, por meio de seu CEO, Bob Iger, comunicou que cancelava planos de criar um novo “headquarter” na região de Orlando, na Flórida, onde fica seu maior complexo de parques temáticos e hotéis, deixando de gerar, assim, estimados 2 mil empregos.
O projeto, segundo a companhia, que é uma das maiores empregadora da Flórida, significava o investimento de US$ 1 bi.
De Santis, que brande uma agenda conservadora à Trump e Bolsonaro, usando 1o em cada 1o pronunciamentos para endossar a criminalização do aborto e coisas do tipo, havia tempos atrás entrado em guerra com a companhia. O que a princípio parecia uma discussão de corte igualmente conservador, com críticas do governador a executivos “woke” (algo, numa tradução bastante grosseira, como “libertário”), evoluiu para a criação de um novo dispositivo fiscalizatório e ameaças de perdas de isenções para a Disney.
Iger já chamou a briga com De Santis de “anti-Flórida”.
Seja como for, De Santis vai para as cabeças: segundo publicou a agência Reuters nesta sexta (19), ele oficializa sua entrada na corrida republicana na semana que vem.