Mauro Cid

Mauro Cid || Crédito: Reprodução

Contrariando especulações, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro mantém-se calado em investigação que apura fraude em sistema de vacinação

Talvez o militar Mauro Cid tenha refletindo algumas tantas vezes se devia ter mesmo aceitado aquele convite feito num já longínquo 2018. Seja como for, os acontecimentos pretéritos não podem ser refeitos, ainda que seja possível tentar mudar a história mais para à frente nos livros e nas salas de aula.

O ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro fez nesta quinta (18) o que poucos analistas políticos prognosticaram: ficar calado. Preso desde 3 de maio por conta da investigação sobre inserção de dados falsos no sistema eletrônico de vacinação de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel do Exército nada disse à Polícia Federal.

À mesma PF, Bolsonaro disse em depoimento na terça-feira  (16) nada saber sobre a adulteração. Só teve notícia, disse o ex-presidente, do assunto pela imprensa, quando os fatos vieram à tona. Mas livrou a barra do ex-auxiliar, afirmando não acreditar que Cid tenha pensado e executado o ilícito.

Setores da imprensa especularam que a troca do advogado que auxiliava Cid no começo do mês por outro mais afeito às artes da delação premiada significaria um atitude, digamos, mais colaborativa do acusado com a Dura. Ficou para a próxima.