A invasão da Ucrânia, as constantes ameaças da China a Taiwan e o apoio do presidente chinês, Xi Jinping, a seu homólogo russo, Vladimir Putin, parecem estar a alimentar preocupações das grandes empresas e investidores estadunidenses com o mercado chinês.
A Berkshire Hathaway, gestora do mítico investidor Warren Buffet, por exemplo, anunciou recentemente que vendeu todas as suas posições – em valor equivalente a US 4 bi – na empresa de semicondutores Taiwan Semiconductor Manufacturing Company. Teria pesado aqui não apenas a iminência de um conflito geopolítico, mas a determinação de os Estados Unidos vitaminarem sua própria indústria de chip e semicondutores, em detrimento do produto chinês.
Uma enquete da revista Fortune com CEOs das 500 companhias de maior valor de mercado também endossa o movimento. Em “teaser” da pesquisa, que ainda não veio completa a lume, o editor Alan Murray revela que 41% dos CEOs ouvidos reduzem neste momento sua exposição no mercado chinês em razão de preocupações de ordem política e reputacional. É praticamente o dobro em relação a 2021.
Metade desse contingente, contudo, faz o movimento oposto e aumenta a exposição ao mercado da grande potência asiática. Os restantes 39% não têm a China como mercado prioritário.