O empresariado brasileiro está longe de ser identificado com a vanguarda mundial na gestão de recursos humanos, mas, mesmo assim, o Brasil irá participar da, digamos, tour mundial dos 4 dias úteis de trabalho.
Depois de experiências no Reino Unido, Islândia, Espanha, Emirados Árabes, Suécia e Bélgica, o sistema passa por aqui, numa iniciativa da organização 4 Day Week, que utiliza metodologia criada pelo Boston College, em “joint” com a brasileira (apesar do nome) Reconnect Happiness at Work.
Como nos demais países, as empresas brasileiras que adotarem a experiência serão avaliadas após o período de observação, que deve começar em setembro deste ano. Resultados financeiros e fatores como estresse e equilíbrio entre vida pessoal e profissional do trabalhador serão escrutinados.
O modelo tem como parâmetro a manutenção de 100% do salário e da mesma produtividade observada na jornada habitual, agora diminuída para 80%.
Resultados muito expressivos foram obtidos no Reino Unido, em que 60 empresas se engajaram no teste da 4 Day Week. Ali, 92% das companhias adotaram o modelo de 32 horas. A receita média aumentou 35%, e 90% dos trabalhadores optaram pela continuação da jornada reduzida.
Um dos entusiastas da campanha é o senador estadunidense Bernie Sanders, para quem a semana de 32 horas é uma oportunidade para reduzir “níveis de estresse” e permitir “melhor qualidade de vida” dos trabalhadores.