Geoffrey Hinton, padrinho da AI que deixou o cargo de vice-presidente de engenharia da big tech no início de maio alerta sobre os crescentes riscos dessa tecnologia
Fake news, eliminação de certos postos de trabalho e o aumento das diferenças sociais. Esses são alguns dos perigos iminentes da Inteligência Artificial (IA) que Geoffrey Hinton, que é considerado o padrinho da IA , enxerga nessa tecnologia. No começo de maio, Hinton deixou seu cargo de vice-presidente de engenharia do Google, e vêm alertando sobre os crescentes riscos que a IA pode trazer para o mundo.
“Precisamos descobrir se há alguma maneira de manter a IA sob controle antes que ela fique muito inteligente”, disse. Hinton que até agora pensava que a IA superaria a inteligência humana em cerca de 30 ou 50 anos, admitiu em entrevista que concedeu nesta sexta (12) ao jornal espanhol El País que isso pode acontecer em um período bem mais curto, de cinco a vinte anos.
Hinton havia sido duramente criticado por uma ex-colega, Meredith Whitaker, hoje à frente do Signal.
“É decepcionante ver esta turnê de redenção nos anos de outono de alguém que realmente não apareceu quando pessoas [do Google] estavam assumindo riscos reais num estágio muito anterior de suas carreiras para tentar impedir alguns dos impulsos mais perigosos das corporações que controlam as tecnologias que chamamos de inteligência artificial”, disse ela em entrevista à revista americana Fast Company.
Medredith definiu a preocupação do ex-colega de Google como “fantasia de ficção científica”.